Quantos tipos de resíduos geramos em casa

É mais fácil fazer um parto em um fusquinha em movimento do que destinar corretamente nossos resíduos. Esses dias, percorri minha casa procurando  os tipos de resíduo que poderiam sair dali um dia. Não sou um desocupado prestes a pirar, pode crer. Na verdade, eu queria escrever um post sobre a dificuldade de ser ecologicamente correto com nossos resíduos.

Vejam a lista de tipos de resíduos que montei. Talvez, na sua casa haja outros. Se houver, por favor comente esse post, assim dividimos conhecimento sobre esse assunto complexo e incômodo. No futuro todos os resíduos vão valer dinheiro e, por isso, não estou usando a palavra lixo de propósito, mas por enquanto, destinar resíduos é um desafio.

Tipos de resíduos

  • Caliça. Felizmente, a prefeitura da minha cidade recolhe esse resíduo. Basta deixar o material na calçada em frente de casa para que seja encaminhado para a reciclagem onde vira material de construção. Onde a prefeitura não faz essa coleta é preciso pagar a uma empresa de resíduos para fazer o serviço e talvez a destinação final não seja correta.
  • Eletro eletrônicos. Com o crescimento da indústria de eletrônicos, as gavetas começaram a encher com aparelhos estragados ou obsoletos. Já entreguei uma sacola de telefones celulares em uma loja com ponto de coleta, mas a gaveta está enchendo de novo com carregadores, fones de ouvido, mouses, etc. Recentemente a prefeitura aqui de Curitiba passou a recolher esses resíduos em pontos de coleta especializados.
  • Hospitalar. Resíduo de tratamento de doentes deveria ir para coleta especial  hospitalar. Esse serviço existe em Curitiba mas a coleta atende apenas hospitais, não é feita de casa a casa. Esse resíduo se gerado em casa acaba nos resíduos não recicláveis.
  • Lâmpadas fluorescentes. Embora sejam duráveis, essas lâmpadas param de funcionar cedo ou tarde e não devem ser quebradas para evitar o vazamento de mercúrio. Lá em casa tem uma caixa delas e ainda não sei como encaminhá-las para um fabricante que faça a reciclagem com segurança. Em Curitiba já existe coleta de lâmpadas em pontos especializados.
  • Madeira. Quem tem lareira ou fogão a lenha não encontra problema para destinar madeira. Quem não tem como eu, precisa passar o material adiante a quem possa usá-lo. Só não vale fazer uma fogueira no fundo do quintal. E lembrando que madeiras tratadas, pintadas ou impregnadas com produtos químicos não devem ser queimadas em casa pelo risco tóxico.
  • Mobília. Se o móvel tem condições de uso pode ser vendido ou doado, mas se está nas últimas, o melhor é ter a paciência de desmontá-lo e destinar cada material que o compõe separadamente.
  • Óleo comestível. Óleo usado de cozinha não deve ir para o esgoto nem ser lançado no solo. Lá em casa temos um galão para recolher o óleo usado. Conheço alguns pontos de coleta em Curitiba, mas até agora o galão não encheu, em parte porque uso o óleo para acender a churrasqueira.
  • Óleo lubrificante. O óleo usado tem valor econômico, pode ser recondicionado desde que coletado e enviado para uma empresa do ramo. Deixar o óleo do carro e de outras máquinas no posto de gasolina é a solução mais simples.
  • Orgânico. Como temos quintal fazemos compostagem. Solução simples que gera adubo para as plantas. Quem não tem como fazer compostagem precisa mandar os resíduos orgânicos para a coleta púbica, mas separado para permitir a destinação correta.
  • Pilhas e baterias. Pilha você usa uma vez e já era, portanto o melhor é não usá-las. Baterias são recarregáveis e fazem parte da vida moderna. Estão na máquina fotográfica, no celular, no notebook e um dia esgotam sua capacidade de recarga. Lá em casa tem um pote cheio dessas pecinhas aguardando serem entregues em um ponto de coleta. A prefeitura de Curitiba recebe esses resíduos em pontos de coleta especiais.
  • Plástico, vidro , metal, e papel. Os quatro recicláveis clássicos podem ser entregues para a coleta seletiva. Em Curitiba os recicláveis são coletados misturados, portanto não adianta separá-los por tipo. De qualquer forma entregamos os recicláveis limpos, compactados e secos para garantir a reciclagem. Já tentei entregá-los diretamente aos catadores, mas eles não tem interesse em material não triado. Por algum tempo separei os metais para vender em um posto de compra próximo de casa, mas o ganho era mínimo.
  • Pneus. Pneu velho em casa só serve para criar mosquito da dengue. Se for trocado antes de chegar na lona pode ser remanufaturado. Os pneus muito gastos podem ser reciclados para produzir asfalto, por exemplo. Já tive pneus em casa no passado, mas faz alguns anos que os deixo na loja de pneus contando que serão encaminhados para a reciclagem. A loja onde fiz a última troca me deu um desconto bom por deixar os pneus velhos com eles.
  • Podas e restos de jardinagem. Este resíduo é recolhido pela prefeitura da minha cidade. Deixamos restos de poda para coleta, mas lá em casa esses resíduos costumam ir para a compostagem doméstica.
  • Tecidos e vestuário. Cortinas, toalhas e roupas usadas podem ser doadas, mas quando não tem mais condições de uso poderiam ir para a reciclagem desde que houvesse uma cadeia de coleta para esse tipo de material. Atualmente, faço a doação antes de os tecidos estarem sem condições de aproveitamento. A igreja próxima de casa tem uma oficina de reparos e uma rede de distribuição para pessoas necessitadas.
  • Venenos, inseticidas e produtos químicos perigosos. Taí um tipo de resíduo complicado. Pensando bem, esses produtos são necessários em casa? Melhor viver sem eles. O que fazer com alguns produtos vencidos que estão guardados em casa? Não sei e, por isso, evito ao máximo trazer esse tipo de material para casa.
  • Não reciclável. Aqui mora o problema. O resíduo que não se enquadra nas demais categorias vai para o latão do lixo não reciclável. Ali cai a varredura de chão; o lixo orgânico de risco sanitário como o papel higiênico usado; plásticos, metais, papéis e vidro que não oferecem condições de reciclagem, além de outras coisas inimagináveis. Bom seria não gerar resíduo desse tipo, mas temos um longo caminho a percorrer até que isso seja possível. O destino desse resíduo é o aterro sanitário onde permanecerá como problema aguardando solução.

Como se vê a lista ficou extensa e nem está completa. Separar nossos resíduos encaminhar cada tipo para o destino correto não é simples. Talvez, em breve seja preciso criar uma nova disciplina nas escolas: Destinação do resíduo doméstico. Para compensar o esforço, felizmente, será possível ganhar algum dinheiro com resíduos.

Resíduos

Minimalismo raiz x minimalismo Nutella

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  1. As pilhas e outros materiais como tintas, etc… podem ser entregues a um sistema de coleta da prefeitura de Curitiba que percorre os terminais de ônibus. Procure no site da prefeitura e verá que existe um cronograma onde eles ficam um dia ou 2 por mês em cada terminal com um caminhão baú fazendo as coletas desse tipo de material. Sobre o seu resíduo de materiais elétricos e eletrônicos eu mesmo faço reaproveitamento se você permitir. Mande e-mail para lutronik@hotmail.com. Abraço.

  2. Eu procurei no google e encontrei rapidinho uma empresa aqui da minha regiao a SARCO-RECICLAGEM entrei em contato para saber para onde enviar meus residuos de eletroeletronicos.

    O pessoal da SARCO-RECICLAGEM entrou em contato comigo e agendaram um dia para a retirada e pronto tudo foi encaminhado para a reciclagem e ainda me enviaram um e-mail com o numero do meu lote de residuos e dia o dia da descaracterizacao.

    Foi otimo poder contribuir para com o meio ambiente, sabendo que temos uma empresa deste porte aqui no sul do brasil que trabalha fazendo as coletas desse tipo de material. ( resíduo de materiais elétricos e eletrônicos)

    Aaahhh o e-mail deles é
    sarco-reciclagemdigital@hotmail.com.

    Abraço a todos

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