Crítica | Scaramouche

Luz, capa, espada

Scaramouche
Direção de George Sidney
1952 : EUA : 115 min
Com Stewart Granger (Andre Moreau),
Eleanor Parker (Lenore),
Janete Leigh (Aline) e
Mel Ferrer (Marquês de Maynes)

Ainda lembro da experiência fantástica que foi assistir Scaramouche pela primeira vez há muitos anos atrás quando eu ainda era adolescente. Talvez a adolescência seja a melhor época para assistir esse filme que é uma tradução cinematográfica perfeita do romance de aventura capa e espada. Scaramouche é o nome do personagem mascarado que Andre Moreau representa no teatro.

A espada era a lei

Galante, talentoso, aventureiro e bufão; ele se mete nas maiores confusões e no final sempre se dá bem. O mundo de Scaramouche lembra um conto de fadas: mulheres lindas, castelos suntuosos, camaradas que dão a vida por uma causa e vilões desprezíveis, mas hábeis com a espada. O enredo do filme é intrincado, cheio de revelações inesperadas, cruzamentos de destinos, romance e confusões de identidade.

Na França, em uma época que antecede a Revolução Francesa, Andre vive ao sabor do vento, não se interessa por causas justas, está sempre a cortejar mocinhas encantadoras e leva a vida despretensiosamente até que o Marquês de Maynes mata um grande amigo de Andre em duelo. Andre jura vingança ao marquês, mas quer que o nobre enfrente o mesmo fim que a vítima teve. Para isso, Andre terá que passar por um intenso treinamento na esgrima. Só assim, terá como enfrentar o marquês, que é o maior espadachim da França.

Tempos de glamour

Os filmes de capa e espada são a união perfeita do romantismo trazido dos livros de aventura do século XIX com a fábrica de sonhos hollywoodiana. Scaramouche é um dos filmes que melhor representa essa fusão. Os atores são galãs, as atrizes, deusas e os olhos deles brilham na tela como se viessem do Olimpo.

As roupas dos personagens tem caimento impecável, os cabelos estão sempre alinhados, duela-se por futilidades e a vingança para reparar uma injustiça é uma missão a ser perseguida até o fim do mundo. Mesmo nos momentos em que está com a vida por um fio, nosso herói é capaz de sair com uma tirada espirituosa. Ah, esse mundo mítico do idealismo juvenil criado pelas câmeras hollywoodianas. Como precisamos dele, nem que seja por meras duas horas de sonho.

Marcante

  • O melhor duelo de esgrima da história do cinema. No teatro repleto, o herói e o vilão têm seu encontro final e exibem seus talentos exímios na espada diante de todos os presentes.

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