Crítica | Sete noivas para sete irmãos

Sete noivas, sete irmãos e diversão garantida

Seven brides for seven brothers
Direção de Stanley Donen
1954 : EUA : 102 min
Com Betty Carr e Howard Keel.
Música de Gene de Paul e Saul Chaplin
Coreografia de Michael Kidd

Em uma cabana nas montanhas do Oregon, nos tempos da colonização, sete irmãos solteiros levam uma vida simples e rude. Um belo dia, o irmão mais velho se casa e traz a mulher para morar no rancho da família. Isso põe em movimento os motores vitais dos outros seis irmãos que também decidem casar. Para tanto, contam com o auxílio da cunhada que tenta lhes ensinar boas maneiras.

O rapto das sabinas

Em um dia de festa, todos vão à cidade e os rapazes passam a cortejar as mocinhas disponíveis. Infelizmente, os almofadinhas da cidade também estão empenhados em conquistar as moçoilas e os irmãos optam por uma solução radical: raptar seis adoráveis virgens. Sim, sim, essa é uma história sobre os bons tempos em que homens raptavam noivas e as levavam para morar em uma cabana nas montanhas.

Por favor, senhores politicamente corretos, encarem isso como uma necessária transgressão juvenil, como um rito de passagem em que garotos se transformam em homens. Se lhes servir de consolo, o filme preza a moral e os bons costumes, ou seja, para dar beijinho, primeiro tem que casar.

Seven brides for seven brothers (em inglês soa melhor) é uma adorável comédia musical que, como sugere uma das suas canções, remete ao mito romano do rapto das sabinas. Um filme ingênuo como o assunto de que trata: a descoberta do amor. Lindas paisagens, belas canções e dançarinos exímios com performances vigorosas. Um filme que nos traz aquela pureza que não existe mais, ou será que ela se perde quando nos tornamos adultos endurecidos?

Naquele tempo, a vida era dura, comunitária e em contato com a natureza; os homens eram rústicos e impetuosos e as mocinhas, prendadas e dengosas. A mulher era o fundamento do lar; namoro era para casar e, no final, tudo dava certo. É ou não é o paraíso perdido? Por que Hollywood não faz mais esses filmes leves, alegres e cheios de energia juvenil?

Marcante

  • A disputa dos caipiras da montanha contra os janotas da cidade durante a festa pela construção do novo celeiro. Todos dando o melhor de si e dançando como cossacos para fazer bonito diante das garotas. Um verdadeiro rito da fertilidade que, como não poderia deixar de ser, termina em pancadaria.
  • A ingenuidade da proposta: um mundo mitológico que não existe mais, se é que existiu, onde as pessoas seguiam o ritmo ditado pela natureza.

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