Aqui vão nove perguntas sobre transportes no Brasil. Algumas são sobre jabuticabas, ou seja, coisas que só acontecem no Brasil.
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- Bicicleta paga mais impostos do que automóvel. Em média, o preço de uma bicicleta embute 40,5% de impostos contra 32% nos automóveis. Considerando que impostos diferenciados deveriam ser usados para estimular setores estratégicos, reduzir a carga tributária das bicicletas seria uma atitude ecológica que melhoria o trânsito.
- Carro 1.0 paga menos impostos. Pelo mundo afora, o motor padrão para carros tem 1.4 litros e muitos países avaliam a emissão de CO2 do veículo antes de conceder benefícios fiscais para a montadora. Aqui no Brasil ainda exigimos que o carro tenha baixa cilindrada para ser considerado popular.
- Carros de passeio a diesel são proibidos. Os motores a diesel em carros de passeio atualmente são menos poluentes do que os similares a gasolina. Carros de passeio a diesel são bem econômicos e predominam na Europa. No Brasil sobra diesel e falta gasolina nas refinarias, mas por conta de uma complicada legislação de subsídios os motores a diesel continuam proibidos em carros de passeio.
- Carro flex gasta mais combustível que o similar mono. A tecnologia usada nos carros flex no Brasil é do tipo “meia sola” e, por isso, os carros flex consomem mais combustível do que os equivalentes movidos somente a etanol ou a gasolina. O carro flex e a indústria do etanol no Brasil precisam ser repensados.
- Os ônibus têm cobrador. Com o uso de cartões informatizados a função do cobrador de ônibus está em xeque. Não é boa ideia cortar empregos em tempos de crise, mas porque não se avançou nessa questão durante o tempo das vacas gordas?
- O número de táxis em circulação é decidido pelas prefeituras. O serviço de táxi precisaria ser tratado como concessão pública? Não bastaria ser regulamentado como acontece com o transporte escolar, por exemplo? Por que o poder público decide quantos táxis podem operar se a livre concorrência regularia a oferta com mais eficiência?
- Motorista de táxi tem isenção de IPI. Quem compra um veículo para usar como táxi está isento de pagar imposto sobre produtos industrializados (IPI). Será que o mercado dos táxis precisa dessa isenção? Táxi é um serviço essencial voltado para a população carente ou algo assim?
- O motorista não pode abastecer pessoalmente seu carro no posto. Por um curto período, no passado, o motorista podia estacionar no posto de combustíveis e abastecer o carro com suas próprias mãos dispensando o frentista. Acordos trabalhistas, no entanto, acabaram com essa possibilidade garantindo uma reserva de mercado de trabalho para os frentistas.
- O vale transporte só cobre o que ultrapassa 6% do salário do trabalhador. Se o vale transporte cobrisse toda a despesa do trabalhador com transporte público independente de sua renda haveria uma maior adesão ao transporte público por aqueles que dão preferência ao carro particular.