Quando eu comecei a fotografar parti do princípio que bons motivos estavam perto de mim. Fotografar a minha cidade natal era a opção natural. Andar pelas ruas com olhos bem abertos e tentar encontrar aqueles detalhes que contem algo importante sobre a alma da cidade, mas que passam desapercebidos na correria do dia-a-dia. Não estou falando de marcos visuais majestosos, nem de pontos turísticos oficiais. Uma porta, uma luminária, uma placa podem dizer mais sobre a cidade do que palácios e avenidas largas.
Como é de minha natureza, meu olho é atraído aqui pelo que está para se perder, ali pelo que evoca um passado romântico, também pelas coisas que destoam do conjunto e, por vezes, pelo que não é belo, mas digno na sua feiura, Curitiba é rica em detalhes que um curitibano da gema sabe bem reconhecer. Como qualquer cidade, sua alma está espalhada na sua diversidade e não é preciso reciclá-la ou pasteuriza-la para que se torne fotografável. Espero continuar circulando pelas ruas curitibanas em busca de mais detalhes. O resultado você poderá ver na galeria abaixo.
Parabéns Rada, gostei muito. Fui logo ver se Maria da Lata estava em sua galeria e fiquei feliz de encontrar a imagem dela.