Só existe um tipo de independência: a financeira. Isto posto, vamos falar dos níveis de independência que podem ir desde a dependência completa até a soberania que é a meta a ser atingida.
Para delimitar nosso conceito de independência, vamos considerar algumas premissas:
Os cinco degraus são:
Todos nascemos dependentes. O filhote humano é um dos mais dependentes da natureza. Ao longo da vida vamos adquirindo as condições para a independência. É desejável que a partir da adolescência você comece a procurar fontes de renda e que ao concluir os estudos rapidamente chegue ao segundo estágio que é o da sobrevivência.
Nem precisa dizer que ser dependente na fase adulta da vida é degradante. Tirando o caso de pessoas com limitações físicas e mentais o adulto deve prover o seu sustento sem depender de auxílios estatais, sustento por familiares, amantes etc.
Quando o cidadão gera renda suficiente para sua subsistência, mesmo que não sobre um tostão no fim do mês isso já é sobrevivência. Espera-se do jovem iniciante na vida profissional que atinja esse estágio rapidamente. Na maioria dos caos, alcançamos essa condição de forma precária espremendo os gastos ao máximo, passando privações.
Perigo da estagnação. Muitas pessoas melhoram aos poucos seu padrão de vida, conquistando bens, patrimônio, expandindo o consumo até níveis confortáveis, mas sem sair do estágio da sobrevivência. É comum a pessoa estagnar nesse estágio por anos ou décadas. Como é uma fase vulnerável qualquer instabilidade causa danos sérios à vida pessoal do sobrevivente. A etapa da sobrevivência deve ser passageira e superada o mais rápido possível mesmo que isso envolva adiar recompensas e enfrentar privações.
A fase da tranquilidade começa quando o sobrevivente consegue ter alguma sobra no orçamento e passa a investir. É desejável que a fatia de ganhos destinados a poupança e investimento aumentem gradativamente. Alguns marcos que você pode comemorar nessa fase:
Fórmula 50-30-20. Qual a porcentagem da renda que deve ser destinada a investimentos nessa fase? Quanto mais melhor. 10% é o mínimo. Tem aqueles que propõe a fórmula 50-30-20, ou seja, 50% da renda para os gastos essenciais, 30% para desejos e 20% para investimentos. Dessa forma é possível conciliar a busca pelo próximo degrau com boas experiências de vida.
O degrau da autonomia é alcançado por poucos. Algumas conquistas de quem está nesta condição:
Se a pessoa seguir a regra de investir 20% dos ganhos pode levar mais de duas décadas no degrau da tranquilidade até atingir a autonomia financeira.
Nesta fase a pessoa ainda não pode deixar de trabalhar, mas tem fôlego para enfrentar crises sem grandes abalos.
Esse degrau para pouquíssimos é alcançado quando os investimentos acumulados lhe permitem viver sem trabalhar.
Regra dos 4%. Esta regra sugerida por consultores em previdência diz que você está seguro se gastar apenas 4% do seu patrimônio anualmente. Nesse caso, se o capital acumulado for investido com uma rentabilidade anual real de 4% ele se mantém mesmo com retiradas contínuas.
Aposentadoria. A soberania financeira deve ser pensada em conjunto com a aposentadoria. A combinação de aposentadoria pública, privada e rendimentos de ativos podem facilitar a meta de alcançar soberania. A aposentadoria pública é obrigatória e, provavelmente, a mais segura. Trate-a como a previdência básica universal. Rendimentos adicionais é por sua conta.
Normalmente, a pessoa trabalha em um lugar e tem investimentos financeiros em outros. Por exemplo, trabalha como empregado em uma empresa e investe suas economias em ativos variados como títulos, metais, moedas, ações, fundos etc.
Alguns poucos afortunados tem o privilégio de trabalhar onde seus recursos estão investidos como é o caso do empresário que administra sua própria empresa lucrativa ou do agricultor que cuida da sua terra. Mesmo esses felizardos devem diversificar sua carteira de investimentos por segurança.
Muitas pessoas consideram sua casa própria e seu carro próprio como investimento. Sim, são patrimônios que podem ser convertidos em dinheiro, mas não podem ser considerados investimentos na maioria dos casos. São bens que depreciam, têm custos altos de propriedade, baixa liquidez e para serem passados adiante dá trabalho.
Considere que casa própria e carro próprio são patrimônios de natureza especial. Você precisa deles para ter boa qualidade de vida, segurança e tranquilidade. Deixe-os de lado na hora de calcular seus ativos financeiros.
Alguns sortudos não precisam construir sua independência do zero. Recebem em algum momento da vida uma herança que pode alavancar suas vidas. Herança, no entanto, é coisa incerta. Não se sabe qual hora vai chegar. Pais com visão podem adiantar o processo de herança para ajudar no futuro dos filhos, mas o mais comum é que o processo aconteça sem planejamento ou melhores práticas.
Você constrói um patrimônio que lhe garante uma vida tranquila, mas um belo dia você deixará tudo para alguém. A decisão equilibrada é aproveitar a vida usando os recursos disponíveis, mas sem gastá-los até o último tostão. Feliz daquele que está bem consigo e com os seus para deixar um legado. Este deixará boa lembrança aos que ficam.
Por mais consciencioso que você seja não há garantia plena de independência financeira. Problemas acontecem. Faça o seu melhor agindo sobre aquilo que está ao seu alcance e não se deixe abalar pelo o que está fora do seu controle.
Entenda dimensão como um conjunto de princípios, fatores e regras que influenciam em nossa alimentação.…
Quais são os equipamentos necessários em casa para ser produtivo? Depende do que você faz,…
Vamos falar sobre várias soluções digitais para melhorar sua produtividade pessoal e de pequenas equipes…
EDC é um assunto para pessoas interessadas em produtividade, estilo e sobrevivencialismo. Vou apresentar aqui…
Pessoas produtivas sabem a importância de acompanhar e controlar as tarefas que estão sob sua…
Lendo um artigo sobre segurança de senhas cheguei a uma triste conclusão: quanto mais seguro…