Tirei a foto juntando peças do meu museu doméstico da tecnologia. Para a nova geração entender vou explicar a função de cada item:
Máquina de escrever. Imprime enquanto você digita.
Globo. Google Maps 3D que não dava zoom. Alguns mostram lugares que não existem como União Soviética, Tchecoslováquia e Iugoslávia.
Máquina fotográfica analógica. Tinha que mandar os arquivos para revelar.
Papel de carta. E-mail enviado em papel. Raramente era spam.
Relógio de pulso a corda. Não precisava de bateria e mostrava as horas desde que você lembrasse de dar corda.
Papel carbono. Para imprimir várias cópias ao mesmo tempo.
Estêncil. Imprimia muitas cópias por um preço baratinho.
Long play. Ou LP era um mp3 redondo, preto e com um buraco no meio. Não dava para copiar, mas vinha com uma capa legal, com as letras das músicas e outros bônus.
Livro. Esse pdf tinha sistema operacional celulósico que não travava. Era um tipo de E-book reader que armazenava apenas uma obra. Em compensação, sua bateria nunca acabava, seu sistema operacional não saia de linha e não parava de funcionar se caisse no chão.
Fita cassete. Memória comprida e enrolada. Dizem que é mais durável do que qualquer uma usada hoje.
Despertador. Mostrava as horas para iniciados na arte de ler ponteiros e acordava as pessoas pela manhã.
Fita VHS. Vídeo que precisava rebobinar depois de ver. Alguns eram piratas também.
Agenda eletrônica. Tinha incríveis 32 KB de memória, mas dava conta do recado.
Calculadora. Não precisava esperar o Windows carregar para usar.
Disquete. Pen drive redondo. Armazenava dados, mas não cabia nem uma música em mp3.
O interessante é que os 15 artefatos tecnológicos mostrados na foto foram substituídos por um computador com impressora.
Explicando as tecnologias obsoletas para a nova geração
Quem tem mais de 30 anos, ou seja, é uma pessoa muuuuuito velha, certamente usou algumas tecnologias que se tornaram obsoletas da noite para o dia. A dica divertida para os dias de chuva é explicar para a geração mais nova como funcionavam as engenhocas do passado. Esses dias, meu filho queria que eu mostrasse a ele como usar a máquina de escrever Olivetti que fica sobre a estante da sala apenas para fins decorativos e sentimentais. O Luís Fernando Veríssimo, em uma de suas crônicas, deu uma ótima definição de máquina de escrever: é uma impressora que imprime à medida que você digita. Pensando em maneiras de explicar o passado para a garotada comecei o meu glossário de tecnologias obsoletas para ampliar a lista do meu museu doméstico.
Camelô. Era um The Pirate Bay acessado na esquina que trazia os lançamentos musicais e em vídeo em primeira mão. Também saia do ar de vez em quando por ordem da justiça, ou melhor, quando baixava a fiscalização.
Filme 35 mm. Dispositivo de armazenagem de fotos. Não podia ser regravado e precisava passar por um software de revelação antes de se ver as imagens, mas dava para guardar fotos em altíssima resolução sem encher o disco rígido.
Mala direta. Spam em papel. O provedor de acesso (carteiro) não podia enviá-la direto para a lixeira. Se fizesse isso, ia para a cadeia.
Mimeógrafo. Impressora mais rápida que a maioria das disponíveis hoje. Usava uma tinta baratinha (álcool) que não pesava no orçamento.
Telex. Máquina que passava e-mails e armazenava os dados em uma fitinha perfurada amarela. A vantagem é que se sabia com certeza quem estava mandando a mensagem.