Os refrigeradores mais econômicos do Brasil

O Inmetro divulgou seu relatório 2020 do programa nacional de etiquetagem para refrigeradores. As planilhas trazem 284 modelos e os mais econômicos estão nas tabelas abaixo. As tabelas estão divididas em quatro categorias: refrigeradores tradicionais, refrigradores frost-free, combinados e combinados frost-free. Para cada categoria apresentamos os cinco modelos mais econômicos em consumo de energia elétrica.

A oferta de modelos indica que o mercado caminha na direção de volumes de refrigeração e consumo de energia cada vez maiores. O maior volume de refrigeração disponível no mercado doméstico é de 765 litros e 61 modelos ultrapassam 500 litros de volume refrigerado total. Quem precisa de todo esse volume refrigerado? Pessoas que carneiam porco em casa, talvez.

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Seja ecológico, desligue seu computador

Não precisa desligar o computador agora. Pode ler este post com calma, mas pense em quanto tempo você mantém seu computador ligado diariamente. Em dias úteis, eu passo mais de dez horas por dia diante de um computador. Ele é minha ferramenta de trabalho e de lazer e o consumo de energia com esse uso intenso não pode ser ignorado.

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Qual é a energia mais perigosa: petróleo, carvão, gás ou nuclear?

Quando recebemos as notícias sobre o desastre nuclear de Fukushima ficamos assustados com os riscos que a energia nuclear apresenta. Um acidente nuclear é sempre uma ameaça de grandes proporções ao ser humano e ao meio ambiente. O desfecho do acidente de Fukushima ainda é incerto, mas felizmente seu balanço final deve ser menos trágico que o de Chernobyl, de longe, o pior acidente nuclear da história.

Diante das notícias ruins que vieram de Fukushima somos tentados a perguntar: não seria melhor fechar de vez as usinas nucleares? Que bom se a resposta fosse simples, mas antes de responde-la é bom pensar na pergunta que vem logo em seguida: que fonte de energia seria usada para substituir a nuclear? A matriz energética mundial ainda é dependente dos combustíveis fósseis e não seria exagero afirmar que o fechamento de uma usina nuclear hoje implicaria na construção de outra do tipo termoelétrica movida a óleo, gás ou carvão.

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A casa que não gera esgoto

Imagine uma casa que não gera efluente líquido, o popular esgoto. Em vez de efluente, o único líquido que sai da casa é água com um nível de pureza que não traz riscos para o ambiente nem para a saúde das pessoas. Para realizar essa façanha em uma casa comum é preciso fazer uma série de adaptações e mudanças. Vejamos quais.

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Casa autônoma é um sonho ecológico possível?

Viver em uma casa ecológica é o sonho de muita gente, mas o que define a casa ecológica? A condição essencial é que ela gere um impacto ambiental bem menor do que as casas “normais”. Quanto menor? É difícil dizer, pois não existe padrão para esse cálculo.

Na minha escala pessoal eu diria que uma redução de pelo menos um terço seria o mínimo aceitável. Ecologistas mais aguerridos, porém, sonham mais alto e acreditam que uma casa pode alcançar níveis muito baixos de impacto ambiental chegando em alguns quesitos ao impacto zero. Uma das formas de reduzir o dano ambiental de uma moradia é torna-la autônoma em vários aspectos como veremos a seguir:

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Antropoceno: 10.000 anos de geoengenharia planetária

Antropoceno seria o período em que as características geológicas do nosso planeta passaram a sofrer alterações significativas por conta da ação humana. Não se trata de um período geológico oficial; a ideia de cria-lo partiu do Prêmio Nobel de Química Paul Crutzen em 2000, embora outros cientistas já tivessem feito propostas semelhantes bem antes. Paul Crutzen defende que o período Antropoceno iniciou no século XVIII com a invenção da máquina a vapor. Foi nessa época que os humanos começaram a fazer uso intensivo dos combustíveis fósseis e de lá para cá a concentração de gás carbônico na atmosfera aumentou drasticamente.

Outros estudiosos defendem que a ação humana passou a causar alterações significativas no planeta desde o desenvolvimento da agricultura há cerca de dez mil anos. Se considerarmos todos os impactos da espécie humana sobre os ecossistemas teríamos que recuar ainda mais no tempo. O crescimento da população de homo sapiens pode estar relacionado com a grande extinção de megafauna após a última glaciação, ocorrida há quase doze mil anos atrás. Nessa linha de raciocínio o período geológico oficial conhecido como Holoceno poderia ser renomeado para Antropoceno já que foi nesse intervalo de cerca de 12.000 anos que a Terra passou a sentir o impacto da presença do homo sapiens.

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Por que algumas pessoas não reciclam

O blog Care2 relacionou 5 motivos que explicam porque algumas pessoas não participam do esforço coletivo pela reciclagem de resíduos. Essas razões podem ser contestadas, poderíamos dizer que se tratam de desculpas de bêbado, mas seria melhor levá-las em conta se quisermos ampliar a reciclagem de resíduos. Não adianta apenas ignorá-las, até porque fazem sentido em muitos casos. O melhor é deixar os relutantes sem desculpas. Vejamos os cinco motivos:

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Menos cômodo, porém ecológico, econômico e saudável

Existe uma regra sobre atitudes ecológicas que se verifica em quase todas as situações: O que é mais ecológico, também é mais econômico e mais saudável. O preço que temos que pagar por essas vantagens é alguma perda de comodidade, item de menor peso diante dos valores em jogo na opção ecológica. Vou dar um exemplo do meu cotidiano:

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A evolução e o retrocesso dos refrigeradores

Eu estava remexendo em documentos antigos quando encontrei o manual de uma velha geladeira Prosdócimo comprada há quase vinte anos. No manual estava colada a etiqueta do Inmetro que naquela época já avaliava a eficiência energética das geladeiras. 37,5 kWh/mês era o consumo registrado para esse refrigerador de uma porta sem frost free e capacidade de 304 litros que era um aparelho médio para a época.

De lá para cá, a fabricante paranaense Prosdócimo foi adquirida pela americana Electrolux. O modelo similar produzido atualmente pela Electrolux tem capacidade de 317 litros e eficiência energética de 28,4 kWh/mês. Graças à evolução tecnológica os refrigeradores de hoje consomem 25% menos energia. Seria de se comemorar esse ganho ambiental, não fosse um detalhe. Geladeiras de uma porta e sem frost free estão sumindo das lojas.

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Quantos tipos de resíduos geramos em casa

É mais fácil fazer um parto em um fusquinha em movimento do que destinar corretamente nossos resíduos. Esses dias, percorri minha casa procurando  os tipos de resíduo que poderiam sair dali um dia. Não sou um desocupado prestes a pirar, pode crer. Na verdade, eu queria escrever um post sobre a dificuldade de ser ecologicamente correto com nossos resíduos.

Vejam a lista de tipos de resíduos que montei. Talvez, na sua casa haja outros. Se houver, por favor comente esse post, assim dividimos conhecimento sobre esse assunto complexo e incômodo. No futuro todos os resíduos vão valer dinheiro e, por isso, não estou usando a palavra lixo de propósito, mas por enquanto, destinar resíduos é um desafio.

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O fim da palavra lixo

Não é o fim do lixo, mas pelo menos na lei federal dos resíduos sólidos não se usa mais a palavra lixo. Sancionada em 02/08/2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos contém inúmeros avanços em sintonia com o novo pensamento ambiental. Mudanças culturais vêm acompanhadas de mudanças no vocabulário e isso é visível na nova lei que vai trazer novas expressões para o nosso cotidiano.

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Bombril é ecológico?

No passado, eu vi na TV uma campanha publicitária em que faziam uma comparação ambiental entre a esponja de aço Bombril e as esponjas sintéticas. O milenar garoto propaganda Carlos Moreno alertava que o Bombril é ecológico, ao contrário das esponjas sintéticas que, além de não serem biodegradáveis, acumulam bactérias. A propaganda foi retirada do ar por decisão do CONAR que acatou as queixas de alguns fabricantes de esponjas sintéticas.

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