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Taxas nominal, efetiva, equivalente e real
Funcionalidades usadas nesta atividade:
- Fórmulas matemáticas.
- Função CONT.SE.
- Função EFETIVA.
- Função NOMINAL.
- Função PROCV.
- Função SE.
- Importação de dados.
- Validação de dados.
O mercado trabalha com vários conceitos de taxa de juros. Vejamos alguns:
- Taxa nominal. Normalmente usada para divulgar o produto financeiro, essa taxa é uma simplificação ao considerar que os juros são simples. Exemplo: taxa de 6% ao ano com capitalização mensal. Nesse caso, temos doze períodos, cada um capitalizado a 0,5% ao mês (6%/12).
- Taxa efetiva. É a taxa que usamos nas fórmulas para calcular os juros. É a taxa quente, enfim.
- Taxa equivalente. Duas taxas são equivalentes quando produzem o mesmo efeito, mesmo que tenham períodos de capitalização distintos. Exemplo: a taxa de 0,5% ao mês equivale à taxa de 6,1678% ao ano.
- Taxa real. É a taxa que desconta a inflação do período. Exemplo: um rendimento na poupança de 8,9% em um ano com inflação anual de 8,2% equivale a uma taxa real de 0,7% no ano.
Agora vamos para as atividades envolvendo tipos de taxas.
Conversão nominal para efetiva
Vamos criar uma conversor que tendo a taxa nominal anual nos dá as taxas efetivas equivalentes ao ano, ao mês e ao dia. Deve ficar assim:
O campo do período de capitalização deve ser validado por lista. Só devem ser aceitas as palavras ano, semestre, trimestre, mês e diá.
Nesse conversor as taxas efetivas são trazidas de uma tabela auxiliar usando função PROCV. É na tabela auxiliar que fazemos os cálculos.
Nessa tabela a primeira coluna mostra os períodos de capitalização: ano, semestre, etc.
A segunda coluna indica quantas vezes o período acontece em um ano.
Na terceira coluna usamos a função EFETIVA do Excel que dá a taxa efetiva que corresponde à taxa nominal digitada no conversor.
As taxas equivalentes mensal e diária são calculadas a partir da taxa anual usando fórmulas de matemática financeira.
Conversão de efetiva para nominal
Agora vamos fazer um conversor de taxa efetiva em nominal. Deve ficar como a imagem abaixo:
Deve ser feita validação por lista no período total e no período de capitalização.
Vamos precisar da tabela auxiliar para nos ajudar nos cálculos. Essa tabela nos quantos dias há em cada período de capitalização, lembrando que estamos usando o sistema bancário 30/360.
Para calcular a taxa nominal usaremos a função NOMINAL do Excel. Essa função pede apenas dois argumentos: a taxa efetiva, que é digitada pelo usuário e o número de períodos de capitalização a considerar.
O número de períodos de capitalização encontramos fazendo a conta:
Períodos = Número de dias do período total / número de dias do período de capitalização.
Exemplo: Uma aplicação financeira com taxa efetiva semestral de 10% e capitalização trimestral.
P = 180/90 =
Em outras palavras: em um semestre temos dois trimestres.
Taxa real
Nosso exercício de taxa real será descobrir o ganho real se aplicássemos R$ 1.000,00 na caderneta de poupança durante três anos completos (2014 + 2015 + 2016).
O primeiro passo é buscar na Internet informações mês a mês da inflação (INPC) e do rendimento da poupança nesse período de três anos.
Fica a sugestão de duas fontes que fornecem esses dados:
- http://www.calculador.com.br/tabela/indice/INPC
- http://www.portalbrasil.net/poupanca_mensal.htm
Copie, cole e organize os dados em uma tabela como a seguir:
Os dados importados podem precisar de algum tratamento como ajustar as porcentagens.
O cálculo do rendimento pela poupança é simples. É só pegar o saldo do mês anterior e adicionar os juros do mês corrente. Da mesma forma, para fazer a atualização monetária do capital inicial é só aplicar a taxa de inflação mês a mês.
Perceba que há meses em que a poupança ganha da inflação e em outros perde. Na média dos três anos considerados a poupança ficou ligeiramente abaixo da inflação.
Para dizer se houve ganho ou perda no mês é só usar uma função SE que compara a inflação do mês com o rendimento da poupança.
=SE(E2>=D2;”Ganho”;”Perda”)