A Retórica ocupa-se dos meios formais que tornam a comunicação específica ou eficaz, tais como regras de uso ou supressão e formas construtivas, além de categorias relacionadas. É um conhecimento sobre essas categorias, suas características, funcionalidade, eficácia e excelência.
Para que a comunicação seja eficaz supõe-se que vise a objetivos preestabelecidos. A Retórica não estipula esses objetivos, eles devem estar colocados anteriormente para que a Retórica seja possível.
A Retórica ocupa-se tanto do que é específico, quanto do que é eficaz. A especificidade nem sempre leva à eficácia. Por vezes ela não é a adequada. Agora, se é eficaz, é específico.
A Retórica como estudo é a busca do conhecimento dos meios formais que tornam possível moldar o discurso ao que se pretende, se o que se faz é codificar, e de dispositivos de análise que permitam ver o que ele tem de específico, se o que se faz é decodificar.
Existe um outro modo de entender a Retórica, não como estudo, como conhecimento, mas como arte, a arte do discurso eficaz. Nesse sentido a Retórica não é uma arte do bem discursar, senão geralmente, pois às vezes, em dado contexto, a eficácia repousa justamente no discursar mal.
É bom lembrar que nenhuma arte prescinde do talento, de modo que não basta munir-se da melhor técnica para produzir o melhor discurso. A técnica é componente decisivo para o sucesso, mas insuficiente sem a excelência do talento.
Uma premissa básica permeará todo nosso trabalho: não existe discurso geral, básico, inespecífico, sem estilo, sem peculiaridades. Todo discurso tem uma finalidade específica. Existem discursos jornalísticos, didáticos, oratórios, publicitários, literários, argumentativos, etc. Assim, não há uma Retórica geral, uma receita do discursar para qualquer ocasião, mas há uma Retórica literária, outra jornalística, publicitária, oratória, argumentativa, etc.
Delimitar o escopo da Retórica é o mesmo que se embrenhar numa selva de senões, poréns e todavias e o resultado a pouco leva. Há matérias fazendo interface com a Linguística, a estilística da língua, a Sociologia, a Psicologia, a Lógica, a Teoria Literária. Há matéria situada em terra de ninguém, apropriada por não haver quem a reivindique. Há matérias em litígio quanto à posse. O esforço aqui foi no sentido de restringir o escopo do estudo para que não se tenha a impressão de que a Retórica é uma matéria interdisciplinar.
A Retórica não deve ser vista apenas como um conhecimento sobre os recursos retóricos, ou sobre a arte da eloquência e da persuasão, ou como um estudo a serviço exclusivo da literatura. Ela é tudo isso e um pouco mais e precisa se precaver a todo custo da normatividade, dos juízos estéticos, do moralismo e do compromisso com estilísticas, sejam quais forem.
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