Os sintagmas são as unidades formais mínimas da sintaxe, ou seja, são as unidades que interagindo entre si formam as frases . Sintagmas são irredutíveis, quer dizer: não podem ser decompostos em trechos menores de discurso sem que percam a sua função sintática original. Aqui vamos relacionar e descrever os sintagmas da língua portuguesa.
O período (P) é formado por uma frase ou então, pela concatenação de duas ou mais frases que se relacionam duas a duas por sintagma conectivo.
Notação formal
P = F ( [ SCon F]n)
Notação
Lê-se:
P
Período
F
Frase
SCon
Sintagma conectivo
Poderíamos definir o período como concatenação de ao menos duas frases. Para isso, bastaria eliminar os parênteses que envolvem o termo [SCon F]n, o que o deixaria obrigatório na regra. Optamos por não fazer isso pois assim, o período passa a ser a raiz da nossa árvore e a partir do período podemos gerar também uma frase isolada. Essa é uma prática comum em linguística onde, por exemplo, uma frase pode ser composta por um só sintagma, um sintagma por uma só palavra e uma palavra por um só morfema.
Toda a comunicação em língua portuguesa brasileira se dá em conformidade com uma estrutura de regras gramaticais implícitas. Na lista de itens a seguir, explicitamos uma parte dessas regras. O conjunto completo é sem dúvida mais complexo do que a aproximação tosca a que nos propomos. Em conjunto, as regras relacionadas permitem gerar os enunciados aceitáveis de nosso idioma.
Ocorre intercalação sintática quando um segmento externo é inserido em meio à uma estrutura sintática em desenvolvimento, deixando-a descontínua. Vamos exemplificar:
Ele tem acertado, não sei como, todos os resultados.
Devo confessar, meu caro, que você está certo.
Vou fazer isso, me entenda, pelo seu bem.
Entenda que, consideradas as circunstâncias, esta é a melhor decisão a tomar.
Eu farei, como disse antes, o que estiver ao meu alcance.
A aposição ocorre quando dois ou mais segmentos distintos ocupam a mesma posição na estrutura sintática do enunciado. Veja o exemplo:
Olavo Bilac, o Príncipe dos Poetas, pertenceu à escola parnasiana.
O segmento Olavo Bilac, ocupa a mesma posição na estrutura sintática da frase que o Príncipe dos poetas. Ambos podem ser tratados como sujeito da frase. Tanto é verdade que podemos parafrasear o exemplo acima da seguinte forma: