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Variante culta

A variante culta, também chamada de norma culta ou norma padrão, é a variedade linguística de caráter oficial para nosso idioma. É a variante recomendada para os contextos formais, estudada na escola, amplamente descrita e abonada pelos gramáticos normativos. Seu status é diferenciado em relação a outras variantes. Tem prestígio e tutores, tanto que é a única variante protegida por lei.

Gramática
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Variantes linguísticas

A língua é um meio de expressão onipresente na sociedade usado nos mais variados contextos da vida social. Esse uso intensivo gera uma tendência natural à diversidade. Seria ingênuo esperar que a língua fosse homogênea, afinal seu uso não é homogêneo. Ela permeia toda a vida social e, em função disso, apresenta variantes linguísticas que se manifestam e se desenvolvem em diferentes contextos de uso.

Seria um exagero afirmar que existem línguas dentro de uma língua porque as variações do idioma gravitam em torno de um núcleo comum. Podemos fazer uma comparação livre entre a língua e as espécies biológicas. Em uma espécie biológica sempre encontramos variedade. Por vezes, os indivíduos da espécie podem ser agrupados pela semelhança em conjuntos chamados de raças. Embora as raças contrastem entre si em muitos aspectos, pertencem a uma mesma espécie e o cruzamento entre indivíduos de raças diferentes gera descendentes férteis.

Com a língua ocorre algo similar. As variantes linguísticas contrastam entre si, mas como pertencem a um núcleo comum os falantes se entendem mesmo quando falam entre si misturando variedades diferentes da língua.

Gramática
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Desvio linguístico

Desvio, erro, anomalia, má formação, agramaticalidade, enunciado não aceitável. São muitos os termos usados para designar a classe de ocorrências de discurso que levam ao equívoco, ao estranhamento, a distúrbios de decifração, compreensão ou aceitação. Existem outras ocorrências que levam a efeitos similares e nem por isso são consideradas desvios, como os ruídos e os recursos retóricos.

Desvio reprovado

A caracterização do desvio requer um qualificador a mais: a reprovação. Desvio é o distúrbio comunicativo reprovado. Para o estudo gramatical importam os desvios formais. Quando alguém fala que uma afirmação está errada, ainda não está caracterizado o desvio linguístico, pois o que o falante considerou erro pode ser causado no plano do conteúdo e não no da expressão.

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Retórica e Estilística

A Retórica ocupa-se daquilo que torna o discurso específico e de como esta especificidade contribui para a sua eficácia. Já a Estilística, como área de conhecimento, ocupa-se das especificidades típicas. Neste sentido, nem a Retórica nem a Estilística definem estilos.

Na história da Retórica, porém, constantemente os retóricos se ocupavam de estabelecer estilos. Quando se escrevia nos tratados de Retórica que o discurso devia ter um exórdio, uma partição, uma argumentação, um epílogo, etc., definia-se um estilo. Quando se dizia que o discurso devia ser claro, elevado, harmonioso, etc., estava-se a definir estilo.

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