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Estudando História com as cédulas brasileiras

A Numismática, estudo da moeda, pode nos dar valiosas lições de História. Vamos fazer algumas análises a partir das cédulas brasileiras.

Quem mais apareceu como efígie das cédulas brasileiras?

Efígie é a representação de uma pessoa estampada na cédula, geralmente rosto ou busto. Na história do dinheiro brasileiro alguns personagens marcaram presença em nosso dinheiro. Veja o ranking:

PersonagemCédulas
Personificação da República27
D. Pedro II26
Afonso Pena8
Barão do Rio Branco4
Deodoro da Fonseca4
Rodrigues Alves4
Campos Sales3
D. Pedro I3
Artur Bernardes2
Duque de Caxias2
Floriano Peixoto2
José Bonifácio2
Marques de Olinda2
Pedro Álvares Cabral2
Princesa Isabel2
Prudente de Morais2
Regente Feijó2
Santos Dumont2
Almirante Tamandaré1
Anísio Teixeira1
Augusto Ruschi1
Câmara Cascudo1
Carlos Chagas1
Carlos Drummond de Andrade1
Carlos Gomes1
Castelo Branco1
Cecília Meirelles1
D. João VI1
David Campista1
Getúlio Vargas1
Joaquim Murtinho1
Joaquim Xavier1
Juscelino1
Machado de Assis1
Marechal Rondon1
Mário de Andrade1
Oswaldo Cruz1
Portinari1
Rui Barbosa1
Saldanha Marinho1
Tiradentes1
Villa Lobos1
Vital Brasil1

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Com o advento da República veio a ideia de criar uma representação humanizada da República, que é um conceito abstrato. Na França foi criado o personagem Marianne que usava um barrete frígio. A ideia se popularizou mundo afora e no Brasil tivemos várias cédulas com a efígie de uma mulher jovem geralmente usando coroa de louros e barrete frígio.

Durante o segundo reinado a efígie de D. Pedro II aparecia em todas as cédulas por motivos óbvios. O imperador é a humanização do império. Mesmo no período republicano D. Pedro II continuou sendo homenageado.

O presidente Afonso Pena foi homenageado em uma família de sete cédulas produzida pela Caixa de Conversão, daí estar entre os mais homenageados.

No período da Nova República houve uma alteração no padrão das homenagens. As cédulas passaram a trazer efígies de figuras da cultura e das ciências em detrimento dos políticos.

Na República Velha e no Estado Novo houve alguns casos de homenagens a pessoas vivas, caso da cédula de 10 cruzeiros que trazia a efígie do presidente em exercício: Getúlio Vargas.

Na história de nosso dinheiro duas mulheres foram homenageadas: Princesa Isabel e Cecília Meirelles.

Além das efígies, muitas cédulas apresentavam figuras representando entidades da cultura clássica que remetiam a conceitos como Justiça, sabedoria, etc. O uso dessas entidades abstratas foi comum em muitos países clientes das grandes gráficas da época. Isso pode apontar uma tendência de produzir cédulas com certa neutralidade ideológica.

Quem imprime o nosso dinheiro?

Atualmente a maior parte das moedas e cédulas que circulam no país é impressa na Casa da Moeda do Brasil, uma empresa estatal com sede em Brasília e fábrica no Rio de Janeiro. Tem sido assim desde a década de 1970 quando a Casa da Moeda atingiu a maturidade técnica para imprimir moeda com segurança. Em períodos recentes o Banco Central do Brasil tem recorrido a gráficas estrangeiras apenas em momentos de alta demanda como ocorreu no lançamento do Real. Antes da década de 1970, porém, embora a casa da moeda brasileira já existisse, a maior parte das cédulas brasileiras era impressa no exterior. Gráficas que imprimiram dinheiro brasileiro:

  • Thomas de La Rue (inglesa)
  • American Bank Note Company (americana)
  • Bradburry Wilkinson (inglesa)
  • Georges Duval (francesa)
  • Waterlow & Sons (inglesa)
  • Perkins Bacon & Petch (inglesa)

Imprimir dinheiro em gráficas estrangeiras não foi prática só do governo brasileiro. As grandes gráficas seguras atendiam a maioria dos países no passado. Atualmente, a situação se inverteu: é a Casa da Moeda do Brasil que imprime dinheiro e documentos seguros para outros países. Apesar da capacidade técnica da nossa Casa da Moeda há quem defenda sua privatização, alegando que não é função do estado envolver-se com atividade produtiva e que o Banco Central encontraria melhores preços encomendando cédulas à iniciativa privada como no passado.

Evolução da ortografia

Observando nossas cédulas acompanhamos as mudanças na ortografia do português do Brasil. Veja duas cédulas de mil-réis com Brasil e Brazil.

Cincoenta, cinqüenta e cinquenta:

Colecionismo

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