O colecionismo vai além do hobby. O que são os museus, bibliotecas, midiatecas, galerias senão coleções? Colecionar para preservar, para aprender, conhecer e passar adiante conhecimento. Colecionar para investir, para se divertir, se entreter, para deixar um legado.

Vantagens do colecionismo

Há inúmeras vantagens em ser colecionador desde que evitadas a obsessão e a irresponsabilidade financeira. Entre elas:

• O colecionismo é um hobby relaxante e terapêutico.
• Coleções preservam nossas memórias afetivas.
• Colecionar amplia a sua cultura.
• O colecionador interage com uma comunidade, com um ecossistema das coleções.
• O colecionador preserva patrimônio cultural.
• Na maioria dos casos, colecionismo é investimento financeiro.

Habilidades do colecionador

O colecionador tem que desenvolver algumas habilidades para atingir seus objetivos. Entre elas ser:

• Pesquisador.
• Organizador.
• Classificador.
• Persistente.

Princípios

Para criar coleções bonitas, interessantes e com valor é preciso seguir alguns princípios.

• Ordem. Amontoado não é coleção. Colecionador não é acumulador. Colecionar é reunir, organizar, classificar, refinar e manter.
• Relevância. Colecione itens relevantes do ponto de vista cultural, social e sentimental.
• Durabilidade. Os colecionáveis devem suportar a passagem do tempo desde que mantidos de forma adequada visando a continuidade da coleção nas gerações.
• Investimento. Colecione preferencialmente itens com valor para investimento no longo prazo. Observe valor e liquidez.
• Escopo. Defina um escopo de itens que atendem a um critério consistente. Melhor se o escopo for fechado e com número definido de itens. Se o escopo for aberto é preciso clareza nos critérios de escolha dos itens para evitar a dispersão.
• Planejamento. Pesquise todos os itens que vão compor a coleção e estime o custo total da coleção antes de começar.
• Exposição. Defina o expositor e o ambiente onde guardar a coleção. O expositor protege, decora e mostra. Organize o expositor reservando espaço para todos os itens que vão compor a coleção.
• Manutenção. Dê manutenção periódica para preservar os itens. Passe adiante os itens repetidos.
• Compartilhamento. Mostre a coleção para os outros passando aos visitantes o conhecimento contido nos itens da sua coleção.

Tipos de colecionáveis

Podemos classificar as coleções de várias formas, geralmente a partir de dualidades. Vejamos alguns critérios:

• Itens únicos x edição limitada x de série. Pinturas são itens únicos. Gravuras são edições limitadas e cédulas de dinheiro são itens de série. A raridade do item influi muito no seu valor e na dinâmica das coleções.
• Produção tradicional x recente. Moedas são itens colecionáveis produzidos há séculos e que continuarão a ser produzidos ainda por um bom tempo. LPs, por outro lado, começaram a ser produzidos no século XX e já foram superados na corrida tecnológica, no entanto, ainda despertam o interesse dos colecionadores.
• Colecionismo tradicional x recente. Moedas e esculturas são colecionadas há séculos. A filatelia começou no século XIX e o colecionismo de games é bem recente por motivos óbvios.
• Produção descontinuada x restrita x ativa. Se os itens colecionados ainda são produzidos no mercado isso influencia o ecossistema daquele nicho de coleção. O colecionismo de relógios de bolso, por exemplo, é restrito porque poucos são produzidos no presente e os itens são praticamente antiguidades. Já o colecionismo de relógios de pulso é impulsionado pelos lançamentos frequentes.
• Ecossistema amplo x colecionismo restrito. Alguns tipos de colecionismo são populares e têm um ecossistema amplo e ativo. As moedas são exemplo de ecossistema amplo com lojas, catálogos, feiras, mercado virtual, etc.
• Elitista x popular. O preço dos itens é decisivo para a popularidade do colecionismo. Colecionar relógios de luxo é para poucos. Alguns tipos de coleção são democráticas como a numismática onde os preços variam do barato ao estratosférico.
• Escopo aberto x fechado. É aberto quando não tem uma previsão de completar a coleção pela amplitude indefinida de itens. Exemplo: coleção de miniaturas de carros. São tantas produzidas que dificilmente alguém conseguirá exaurir as possibilidades.

Colecionismo de experiências

Embora nem todos concordem existe um tipo especial de colecionismo que não é baseado na posse de objetos físicos. O que se coleciona, nesse caso, são experiências vividas. Alguns exemplos:

• Livros lidos.
• Locais visitados.
• Espetáculos assistidos.

O que você acha? Experiências são colecionáveis?

Colecionismo como investimento

Ao pensar em colecionismo como forma de investir e ganhar dinheiro é preciso responder algumas questões:

• Ecossistema ativo Lojas, exposições, comunidade, críticos, leilões, mercado virtual, feiras, etc. Ecossistema ativo e saudável é bom para investimento.
• Memórias afetivas. Os itens colecionáveis trazem memórias afetivas ao colecionador? Coleções que emocionam valem mais.
• Tradição. Existe tradição de colecionismo nesse nicho? Tradição é boa para investimento.
• Superação tecnológica. Os itens podem sumir por mudanças tecnológicas? Caso típico é o da cartofilia que arrefeceu com a chegada dos celulares.
• Produção. Há quantos anos os itens são produzidos? E colecionados? Itens ainda produzidos tem mais apelo.
• Nova geração. Atrai as gerações mais novas?
• Liquidez. Existe circulação e negócios no nicho?

Colecionismo

• Princípios de colecionismo
• Colecionáveis únicos e de séries limitadas
• Colecionáveis tradicionais de série
• Famílias de cédulas brasileiras I
• Famílias de cédulas brasileiras II
• Famílias de cédulas brasileiras III
• Famílias de cédulas brasileiras IV
• Estudando História com as cédulas brasileiras
• Estudando economia com as cédulas brasileiras
• Principais cédulas em circulação
• Quanto vale uma nota de um real?
• Minhas cédulas brasileiras favoritas
• Moedas circulantes no mundo