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Quantos tipos de resíduos geramos em casa

É mais fácil fazer um parto em um fusquinha em movimento do que destinar corretamente nossos resíduos. Esses dias, percorri minha casa procurando  os tipos de resíduo que poderiam sair dali um dia. Não sou um desocupado prestes a pirar, pode crer. Na verdade, eu queria escrever um post sobre a dificuldade de ser ecologicamente correto com nossos resíduos.

Vejam a lista de tipos de resíduos que montei. Talvez, na sua casa haja outros. Se houver, por favor comente esse post, assim dividimos conhecimento sobre esse assunto complexo e incômodo. No futuro todos os resíduos vão valer dinheiro e, por isso, não estou usando a palavra lixo de propósito, mas por enquanto, destinar resíduos é um desafio.

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Quanto vale um quilo de cocô de cachorro?

Uma vez por semana percorro o quintal com uma pá e um balde nas mãos recolhendo a produção dos moradores caninos da casa. Nessa hora eu penso: ah, se isso valesse dinheiro. Vai valer um dia. Riam os que ainda acreditam na sociedade do consumo predatório. Lixo é o nome que damos hoje às matérias primas que queremos mandar para longe dos olhos e do nariz.

Virá o tempo em que vamos deixar de usar a palavra lixo. Eu bem que gostaria de usar o cocô de cachorro como adubo na horta. Essa matéria prima lá em casa é abundante, mas seria necessário um tratamento prévio para evitar o risco de contaminação dos alimentos. Já que é assim, por hora, a produção dos nossos cães acaba no aterro sanitário. No futuro, seremos responsáveis pelos nossos detritos, por todos eles. Felizmente, nesse tempo os resíduos terão valor de mercado porque tudo será reutilizado ou reciclado. Como já existe gente ganhando dinheiro com estrume tenho fé que um dia o Balu, nosso labrador, vai se tornar um cão com renda própria.

Crédito de imagem: Letícia Manosso

P. S. Post scriptum

Escrevi este post há mais de uma década e o revisei em 2020. Mantenho no ar porque ainda tem alguns acessos. O que está dito no post continua válido. Dia virá em que seremos responsáveis diretos pelos nossos resíduos.

Registro também a saudade do velho Balu, nosso labrador, que esteve conosco durante o crescimento dos meus filhos. Ele teve a uma vida boa, foi um grande amigo e deixou saudades.

Resíduos

Coleta seletiva do lixo

“Leve o lixo para fora!” Você já ouviu esta frase muitas vezes, não é mesmo? Mas onde fica esse lugar chamado fora? Para muita gente, pode ser em qualquer lugar desde que bem longe dos olhos e do nariz. Sob o aspecto ambiental, porém, o lugar fora onde se joga o lixo, por longe que seja, ainda é um lugar dentro do planeta.

A lei da conservação da matéria, enunciada por Lavoisier, é clara: Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Não há como fazer o lixo simplesmente sumir. Ele vai se transformar. Geralmente, se transforma em problema, mas há inúmeras soluções para se transformá-lo em algo com valor econômico. Boa parte do lixo sólido é reciclável, ou seja, pode ser aproveitado para produzir novos bens reduzindo a sobrecarga dos depósitos e economizando matérias-primas virgens.

Vários tipos de coleta seletiva

Aqui, vamos falar da coleta seletiva, uma ação individualmente responsável que é ponto de partida para a reciclagem dos resíduos sólidos. Os programas de coleta seletiva podem ser realizados em vários níveis de eficiência e de sofisticação. Tudo depende da maturidade dos envolvidos e da disposição de cada um para dar sua contribuição. Vamos apresentar vários cenários de coleta seletiva:

  • Básico: é o modelo de duas lixeiras: recicláveis x não recicláveis.
  • Evoluído: ou multi-seletivo onde usamos vários tipos de lixeiras.
  • Avançado: modelo ideal que segue as melhores práticas.
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Lixo orgânico – o que é e como tratar

Durante muitos séculos, o lixo produzido pelo homem foi basicamente orgânico. Faz pouco tempo que a produção de lixo se ampliou e outros tipos de resíduos começaram a abarrotar as lixeiras. O plástico, por exemplo, só começou a ser produzido em escala industrial em meados do século XX. As estatísticas mostram que há uma relação entre o desenvolvimento econômico de um país e a porcentagem de lixo orgânico gerado por sua população.

Em países pobres, o lixo orgânico predomina nas lixeiras. Já em países ricos, a porcentagem do material orgânico na composição do lixo cai acentuadamente. Isso não significa que pessoas de alta renda geram menos lixo orgânico, mas que o resíduo orgânico passa a se juntar com plástico, papel, metal, etc. Em outras palavras, quanto maior a renda da população, maior a produção de lixo. Para piorar, esse lixo se torna mais complexo e prejudicial ao ambiente.

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