O futuro é verde e se não for provavelmente estaremos ausentes nessa nova etapa da História. Não estamos mais falando de ambiental ismo idealista e, sim, de economia verde, de uma nova realidade em que precisamos enfrentar os desafios da superpopulação e do esgotamento dos recursos naturais.
Nesse cenário verde novas profissões vão surgir e algumas das tradicionais vão se transformar para atender às novas necessidades. Aqui vão alguns exemplos desse novo mercado de trabalho.
Em 18-09-2012 cinco países da África Austral assinaram acordo para a criação da maior área de proteção ambiental do mundo, a Kavango Zambezi Transfrontier Conservation Area ou simplesmente KAZA. A área de Kavango Zambezi mede mais de 278.000 km2 distribuídos pelospaíses:
Angola,
Botsuana,
Namíbia,
Zâmbia
Zimbábue.
É uma área banhada pelos rios Okavango e Zambezi e que tem o tamanho da Nova Zelândia. A KAZA vai reunir 17 parques nacionais, entre eles o Parque Nacional das Cataratas Vitória, é habitada por uma rica fauna e tem grande vocação para o ecoturismo.
Antropoceno seria o período em que as características geológicas do nosso planeta passaram a sofrer alterações significativas por conta da ação humana. Não se trata de um período geológico oficial; a ideia de cria-lo partiu do Prêmio Nobel de Química Paul Crutzen em 2000, embora outros cientistas já tivessem feito propostas semelhantes bem antes. Paul Crutzen defende que o período Antropoceno iniciou no século XVIII com a invenção da máquina a vapor. Foi nessa época que os humanos começaram a fazer uso intensivo dos combustíveis fósseis e de lá para cá a concentração de gás carbônico na atmosfera aumentou drasticamente.
Outros estudiosos defendem que a ação humana passou a causar alterações significativas no planeta desde o desenvolvimento da agricultura há cerca de dez mil anos. Se considerarmos todos os impactos da espécie humana sobre os ecossistemas teríamos que recuar ainda mais no tempo. O crescimento da população de homo sapiens pode estar relacionado com a grande extinção de megafauna após a última glaciação, ocorrida há quase doze mil anos atrás. Nessa linha de raciocínio o período geológico oficial conhecido como Holoceno poderia ser renomeado para Antropoceno já que foi nesse intervalo de cerca de 12.000 anos que a Terra passou a sentir o impacto da presença do homo sapiens.
O meteorologista Anthony Watts coloca em dúvida a precisão das estimativas do aquecimento global. Segundo ele, as medições estão superestimadas e aponta motivos como o fato de que três quartos das estações de medição climática que coletavam dados de temperatura no passado já foram desativados o que dificulta a comparação com temperaturas atuais. Para complicar, boa parte das estações de hoje estão localizadas em áreas com micro clima muito alterado pelo homem.
O pesquisador cita o exemplo de uma estação localizada dentro de um estacionamento de concreto na cidade de Tucson, Arizona. No passado havia mais estações localizadas em áreas rurais, em altitudes elevadas e em altas latitudes, o que contrasta com as estações climáticas urbanas de hoje. O meio urbano sabidamente pode criar bolsões de calor por conta do excesso de asfalto e concreto e pela carência de áreas verdes.
O estado americano da Califórnia tem fama de estar na vanguarda da legislação ambiental. Parabéns ao exterminador de emissões e governador Arnold Schwarzenegger. Recentemente, porém, os legisladores californianos lançaram uma proposta no mínimo polêmica. A assembleia da Califórnia quer aprovar uma lei que impõe limite mínimo para a refletividade da pintura dos carros. Explicando: os carros vão ter que refletir a luz solar com eficiência para evitar que fiquem muito aquecidos quando expostos ao sol. Dessa forma, o veículo economiza no ar condicionado, consome menos combustível e lança menos carbono na atmosfera. Essa lei pode inviabilizar a fabricação de carros pretos que absorvem mais os raios solares do que as cores claras.
A água que sai da máquina de lavar pode ser usada para lavar pisos, carro e outras coisas laváveis com água de segunda mão. A ideia é ecológica, mas quem já tentou colocá-la em prática sabe que dá trabalho porque a maioria das máquinas de lavar não foi pensada para os novos tempos ecológicos. Aqui vão algumas dicas de reaproveitamento:
Lavadoras com botão Economia
O cidadão consciente tem que ficar de plantão do lado da máquina esperando chegar o momento exato do ciclo de lavagem em que ela começa a drenar água. Para resolver essa parada, a Electrolux inovou em sua linha Turbo ECOnomia de lavadoras com uma ideia simples: colocou no painel das máquinas o botão ECONOMIA.
Uma vez por semana percorro o quintal com uma pá e um balde nas mãos recolhendo a produção dos moradores caninos da casa. Nessa hora eu penso: ah, se isso valesse dinheiro. Vai valer um dia. Riam os que ainda acreditam na sociedade do consumo predatório. Lixo é o nome que damos hoje às matérias primas que queremos mandar para longe dos olhos e do nariz.
Virá o tempo em que vamos deixar de usar a palavra lixo. Eu bem que gostaria de usar o cocô de cachorro como adubo na horta. Essa matéria prima lá em casa é abundante, mas seria necessário um tratamento prévio para evitar o risco de contaminação dos alimentos. Já que é assim, por hora, a produção dos nossos cães acaba no aterro sanitário. No futuro, seremos responsáveis pelos nossos detritos, por todos eles. Felizmente, nesse tempo os resíduos terão valor de mercado porque tudo será reutilizado ou reciclado. Como já existe gente ganhando dinheiro com estrume tenho fé que um dia o Balu, nosso labrador, vai se tornar um cão com renda própria.
Crédito de imagem: Letícia Manosso
P. S. Post scriptum
Escrevi este post há mais de uma década e o revisei em 2020. Mantenho no ar porque ainda tem alguns acessos. O que está dito no post continua válido. Dia virá em que seremos responsáveis diretos pelos nossos resíduos.
Registro também a saudade do velho Balu, nosso labrador, que esteve conosco durante o crescimento dos meus filhos. Ele teve a uma vida boa, foi um grande amigo e deixou saudades.