Podemos considerar os pronomes como uma classe de substitutos, pela característica que apresentam de, na maioria dos casos, poderem ser comutados por sintagmas substantivos. O sistema de pronomes do português é rico e complexo. São os seguintes os pronomes da língua portuguesa:
1ª Sing. | 2ª Sing. | 3ª Sing. | 1ª Plural | 2ª Plural | 3ª Plural | ||
Reto | eu | tu | Ele, ela | nós | vós | Eles, elas | |
Oblíquo OD | o, lo, o, a, la, na | os, los, nos, as, las, nas | |||||
Oblíquo SSp | Átono | me | te | lhe | nos | vos | lhes |
Reflexivo átono | me | te | se | nos | vos | se | |
Tônico | mim | ti | Ele, ela | nós | vós | Eles, elas | |
Reflexivo tônico | mim | ti | si | nós | vós | si | |
com+ pronome | comigo | contigo | consigo | conosco | convosco | consigo | |
Tratamento | Você, O Sr., A Sra., V.S.ª , V.Ex.ª | Vocês, Os Srs., As Sras., V.S.as,, V.Ex.as |
Os pronomes são flexionados em pessoa, gênero, número, e caso, embora o sistema pronominal seja defectivo, como se observa no quadro de pronomes, onde existem lacunas que correspondem à ausência de algumas possibilidades de flexão. A flexão em gênero, por exemplo só existe para alguns pronomes de terceira pessoa. Muitas flexões apresentam a mesma forma que outras próximas no quadro.
A flexão de caso, em português, está presente apenas nos pronomes, que comportam três casos: reto, oblíquo OD e oblíquo SSp.
Uma característica marcante do nosso sistema pronominal é a possibilidade de, em certos casos, se usar uma flexão de pessoa com valor de outra. O caso mais notável dessa peculiaridade ocorre quando nos dirigimos à quem se fala (segunda pessoa do discurso) usando pronomes de terceira pessoa. Nesse caso, o verbo também pode vir flexionado em terceira pessoa. Observe os exemplos:
O pronome da frase um está flexionado em segunda pessoa e o pronome da frase dois, está em terceira pessoa. No entanto, as frases se equivalem já que por meio de ambas, nos dirigimos ao receptor, ou seja, à segunda pessoa do discurso.
O uso de flexões de terceira pessoa em lugar de segunda explica-se historicamente. Os pronomes de tratamento eram formas cerimoniais de se dirigir às autoridades. Pela etiqueta da época, não se considerava apropriado dirigir-se à autoridade diretamente, usando pronomes de segunda pessoa. Os pronomes de tratamento, na verdade, citavam a pessoa a quem se fala de uma forma indireta, referindo-se à seus atributos. Por exemplo: Em vez de dizer:
dizia-se:
A forma de tratamento vossa mercê evoluiu para o pronome atual você. Essa maneira de se dirigir à quem se fala em terceira pessoa se consolidou na língua portuguesa e hoje não se limita aos pronomes de tratamento e às situações formais. Temos no português contemporâneo, regras que definem como usar flexões pronominais de terceira pessoa em função de segunda. Vamos conhecer essas regras a seguir.
Não existem formas de segunda pessoa para oblíquo OD átono, oblíquo SSp átono reflexivo, oblíquo SSp tônico reflexivo, e pronomes de tratamento logo, não há como fazer permuta com formas de terceira pessoa nesses casos.
No caso dos pronomes lhe e consigo, somente pelo contexto podemos discernir se estão sendo usados em função de segunda ou terceira pessoa.
Embora os pronomes de tratamento sejam de terceira pessoa, seu uso ocorre praticamente só em função de segunda.
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