Aprendemos desde a infância que nomes próprios devem ser escritos com iniciais maiúsculas. Também está escrito no Formulário Ortográfico que devemos escrever com iniciais maiúsculas os nomes de seres mitológicos, o que é uma redundância, pois esses nomes são próprios e estão incluídos na regra maior dos nomes próprios. Apesar disso, estranhamente, alguns gramáticos recomendam que se escreva os nomes de entidades do folclores brasileiro em minúsculas.
Quer dizer: o nome dos seres da mitologia grega se escreve com iniciais maiúsculas (Minotauro, Cérbero, Esfinge), mas os coitados do Saci-Pererê, Caipora e Curupira pertencem a uma mitologia das classes baixas de um país subdesenvolvido e por isso não merecem a deferência de uma inicial maiúscula.
Esse exemplo ilustra o preconceito que está embutido nas regras de uso de iniciais maiúsculas na nossa ortografia. Nomes de festas religiosas devem ser escritos em iniciais maiúsculas (Natal, Páscoa), mas Carnaval não, porque é uma festa pagã. A própria regra de usar iniciais maiúsculas como forma de deferência ao ser citado é um tiro que saiu pela culatra, pois nos obriga a escrever com iniciais maiúsculas nomes de seres que não são dignos de deferência alguma como Lúcifer e Mefistófeles.
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