Continuidade narrativa é a característica de uma representação que possibilita ao receptor saber as condições de posição e movimento dos objetos da cena e dos pontos de vista nela inseridos.
O espectador em todos os momentos da representação está a par das posições relativas dos objetos da cena. O problema clássico para este tipo de continuidade ocorre no cinema. É o da reunião de múltiplos personagens que conversam entre si com a cena sendo registrada por meio de planos fechados. Para mantê-la, é preciso iniciar a cena com planos que estabeleçam as posições relativas para, só depois, usar planos que não mostrem o conjunto.
Em todos os momentos da representação o espectador mantém-se a par das informações relevantes sobre a trajetória física dos objetos da cena. A trajetória de um objeto pode ser associada a uma linha imaginária contínua dentro do universo narrativo que muda de direção para esquerda, para direita, para cima, para baixo e chamada eixo da ação.
Essa linha tem dois sentidos possíveis: o positivo, que convencionalmente podemos associar a avanço, confronto, progresso, etc., e o negativo, convencionalmente associado a recuo, fuga, retorno, etc. Na maioria dos casos, é suficiente manter o espectador informado sobre o sentido do movimento, se um objeto da cena está em avanço ou recuo, partida ou retorno, fuga ou confronto, ou qualquer outra dualidade relacionada com a escolha de um sentido para o eixo da ação.
Nas narrativa em que o importante é a identificação da dualidade relacionada com o movimento, deve ser estabelecida na primeira tomada a convenção para qual sentido representa avanço e qual representa recuo, qual indica fuga e qual confronto, etc. A convenção deve ser mantida ao longo da representação. A ciência do sentido de movimento dos objetos em cena difere da ciência da direção dos objetos da cena.
Para que o receptor se mantenha ciente do sentido do movimento, basta seguir a regra que manda o ponto de vista do espectador não cruzar o eixo da ação sem o conhecimento do espectador. Para lhe dar a ciência da direção dos objetos no universo narrativo faz-se necessário mostrar toda mudança de direção. Assim, uma narrativa com continuidade de sentido de trajetória pode não ter continuidade de direção de trajetória.
A cada momento da representação existe uma coordenada de espaço associada à vista da narrativa. Um dos mais notáveis para os problemas de continuidade é a vista do espectador. Para saber as posições ocupadas pelos objetos da cena o expectador tem que ter primeiramente ciência do posicionamento de seu ponto de vista, pois é a partir dele que discerne os demais posicionamentos relativos.
O espectador tenderá a atribuir ao seu ponto de vista características humanizadas. Assim, se o ponto de vista se desloca de plano a plano, o espectador o imaginará percorrendo uma trajetória contínua durante os cortes. Por isso há quem adote uma continuidade de trajetória do ponto de vista de espectador, que consiste em dar a impressão de que o seu ponto de vista é humanizado.
Por exemplo: se a câmara filma a aproximação de um carro, da esquerda para a direita, vindo do ponto de fuga da perspectiva até passar pela câmera, quase roçando-a, no próximo plano o carro será visto por trás, em afastamento, deslocando-se da esquerda para a direita na direção do ponto de fuga da perspectiva.
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