Atratividade é a qualidade do discurso otimizado para estimular o travamento de contato com o receptor e, na sequência, para a manutenção da sintonia.
Há dois casos extremos de postura do receptor com relação ao discurso emitido. No primeiro caso, a iniciativa da busca do contato é do receptor, em função de seu interesse particular. É o caso, por exemplo, do leitor que abre um livro de seu interesse para estudo ou lazer. No segundo caso, temos o texto que o leitor não está propenso antecipadamente a ler, como por exemplo um cartaz de rua. O cartaz de rua é o tipo de texto que necessita de boa atratividade para surtir o efeito comunicativo.
Para tornar um texto atraente, é preciso levar em consideração que, quando o leitor não está predisposto à leitura, seu contato inicial com o texto é feito por atenção difusa, sem concentração ou objetivo de leitura estabelecido. Daí a necessidade de captar a atenção e o interesse desse leitor. Para discursos que são recebidos em condições tipicamente distensas, como é o caso da leitura de uma revista de atualidades, é preciso ter em mente que o receptor nessas situações tem uma inércia considerável, quer dizer, sua resistência a discursos cuja assimilação envolva esforço mental é grande.
A melhoria da atratividade envolve o uso de recursos formais ou de conteúdo. Vejamos alguns.
Um ponto de entrada é uma parte do discurso que se diferencia das demais, de forma que é por ela que o receptor inicia o contato com o discurso. Para o ponto de entrada é indispensável diferenciação das demais partes do texto. A tradição criou convenções editoriais que funcionam como pontos de entrada, tais como, o título, o subtítulo, o parágrafo, a capitular, a legenda. O jornalismo sabe bem que é por aí que o leitor começa a leitura.
O ponto de entrada deve ser acessível, diferenciado e ter o potencial de atrair a atenção do leitor para ser a primeira parte do texto a ser lida.
O que é diferenciado tende a atrair a atenção, em especial, um objeto heterogêneo entre outros homogêneos. A diferenciação fica mais visível em ambiente de baixa informação. Alta informação camufla a diferenciação.
A diferenciação tem de ser destacada o suficiente para ser percebida. Se não for perceptível, não surte efeito. Uma diferenciação tipográfica de dez por cento no tamanho, por exemplo, talvez passe despercebida, ao contrário de uma diferenciação em que o tamanho do diferenciado seja o dobro.
É sabido que a atenção do leitor é um pouco maior em algumas situações como:
Enfatizar é criar condições para que uma parte do discurso receba maior atenção do receptor que as outras partes e em função disso este atribua um status diferenciado, uma valoração privilegiada, ao referente expresso por essa parte. Uma das formas de se obter ênfase é por diferenciação perceptível e atrativa. Alguns recursos de ênfase
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