A AsusTek Computer de Taiwan desenvolveu a linha de notebooks EcoBook com carcaça feita de tiras prensadas de bambu. O resultado é bem interessante tanto no aspecto ambiental como no estético. O bambu é uma matéria prima renovável, resistente, durável e biodegradável, Ele cresce rápido e se for usado na produção de bens duráveis tem potencial para sequestrar carbono da atmosfera.
O notebook de bambu me faz lembrar que no passado rádios, toca-discos e televisores eram fabricados com carcaça de madeira. Muitos desses eletrodomésticos ainda funcionam por aí graças ao carinho dos aficionados por antiguidades Pois é, às vezes, para evoluir é preciso voltar no tempo.
A fabricação de aparelhos eletrônicos utiliza uma variedade impressionante de materiais, muitos deles de alto valor comercial. Em uma tonelada de celulares velhos encontramos 340 g de ouro, 3,5 kg de prata, 140 gramas de paládio (mais valioso do que ouro) e 130 kg de cobre. Se esses metais forem recuperados podem render cerca de 15.000 dólares. Bem, aqui começa o problema.
Primeiro é preciso reunir os celulares descartados em um mesmo lugar. Depois, vem o desmanche e um processo sofisticado de reciclagem que extrai os metais preciosos do meio da sucata. Não é uma tarefa para amadores. Se esse lixo for simplesmente incinerado, por exemplo, serão liberadas toxinas para a atmosfera. A reciclagem do lixo está se tornando um problema bem complexo, mas que pode ser muito lucrativo.
Uma geladeira velha e ineficiente chega a consumir o dobro da energia elétrica gasta por um modelo novo de mesma capacidade e classificação A pelo Inmetro. Nas casas de pessoas de baixa renda é comum encontrar modelos antigos com eficiência baixa por conta do desgaste e da tecnologia ultrapassada. Diante desses números, algumas ideias estão sendo postas em prática para economizar energia elétrica com geladeiras.
Nas casas modestas, onde encontramos poucos aparelhos elétricos, a geladeira é o item de maior peso na conta de luz junto com o chuveiro. É possível baixar o consumo da geladeira com ações simples como não colocar alimentos quentes dentro dela. No entanto, mesmo com boas práticas o consumo da geladeira é determinado principalmente pela tecnologia e pela idade do aparelho.
O que é consciência ecológica? Muita gente vai dizer que é jogar o lixo na lata do lixo. Está certo! Começa por aí mesmo, mas não vamos nos iludir que salvaremos o mundo simplesmente praticando lixo ao cesto. A conscientização ambiental é uma escada e a maioria das pessoas ainda está nos primeiros degraus. Para simplificar, vamos supor que essa escada se divide em três lances: básico, médio e avançado. Além disso, há dois degraus de alienação.
Conheça os carros mais econômicos comercializados no Brasil segundo o Inmetro em vários anos. Estamos falando de economia de energia. Como há vários tipos de combustível (diesel, etanol, eletricidade, gasolina) o Inmetro tem adotado mais recentemente a medida MJ/km (Mega Joule por quilômetro) que permite fazer comparações entre combustíveis diferentes.
Carros mais econômicos em 2020
A tabela Inmetro 2020 veio com 1034 modelos comercializados no Brasil. Pelo método do consumo em MJ/km os carros elétricos são maioria. Na tabela abaixo temos os modelos com consumo energético inferior a 1,0 MJ/km.
Essas, você pode fazer sem esperar pelo governo, pela grande conscientização do povo, por leis mais severas, etc.
Impressão. Não imprima. Leia na tela do computador, ora. Não vale dizer que só consegue ler aquilo que você pega nas mãos. Isso é fetiche.
Sacolas descartáveis. Recuse aquelas sacolas que as lojas oferecem porque elas vão virar lixo assim que você chegar em casa. Põe na bolsa, no bolso, leve na mão ou traga uma sacola de pano de casa, uai.
Carro flex. Prefira um carro flex. Se o seu carro já é flex, abasteça com álcool, que não aumenta tanto o aquecimento global e costuma ser mais barato. Ah, e compre um carro suficiente para a sua necessidade. O que são aquelas caminhonetes gigantes rodando em centro de cidade e consumindo duas vezes mais combustível do que um carro urbano médio.
Refrigeração. Máquinas que refrigeram como ar condicionado e geladeira devem ser livres de gases que aumentam o buraco na camada de ozônio.
Conteúdo on-line. Assine jornais e revistas on-line e não receba mais em casa centenas de quilos de papel anualmente.
Madeira certificada. Coisas feitas de madeira têm que vir de reflorestamento onde se respeita regras ambientais ou de extração controlada e sustentável.
Coleta seletiva. Separe o lixo no capricho em seis grupos: papel, metal, vidro, plástico, orgânico e não reciclável. Se isso for feito em um condomínio, dá para levantar uma grana e ainda gera empregos.
Papel. Se você, em último caso, tiver que consumir papel, prefira o reciclado não branqueado.
Reuso. Prefira o reutilizável em vez do descartável, como era nos bons tempos dos nossos avós. Tenha uma xícara para o café no escritório em vez de detonar copinhos descartáveis. Compre bebidas em garrafas reutilizáveis. Pratinho, talher, guardanapo, tudo descartável? Que preguiça, hein?
Transporte. Vá a pé, de bicicleta, de ônibus, ou se puder, não vá. Alguns felizardos trabalham em casa. Outros fazem tudo pela Internet. Ajude sua saúde, seu bolso e o meio ambiente.
P. S. Post scriptum
Escrevi este post há mais de dez anos e o revisei em 2020. Mantenho no ar porque vem mantendo acessos ao longo dos anos. Na época a ideia era dar algumas ideias de preservação do meio ambiente que fossem possíveis de implementar no cotidiano sem grande esforço. Acho que a lista continua válida depois de uma década.
Para os mais jovens pode soar estranho essa história de informação impressa, pois eles já queimaram essa etapa. O carro flex continua sendo uma opção para a realidade brasileira, embora o ideal seria o carro mono combustível a etanol, ou talvez, um carro elétrico de pequeno porte.
Triste é ver que o fim das sacolas descartáveis está longe de acontecer. Alguns governantes tentam eliminá-las, mas elas continuam aí.
O estado americano da Califórnia tem fama de estar na vanguarda da legislação ambiental. Parabéns ao exterminador de emissões e governador Arnold Schwarzenegger. Recentemente, porém, os legisladores californianos lançaram uma proposta no mínimo polêmica. A assembleia da Califórnia quer aprovar uma lei que impõe limite mínimo para a refletividade da pintura dos carros. Explicando: os carros vão ter que refletir a luz solar com eficiência para evitar que fiquem muito aquecidos quando expostos ao sol. Dessa forma, o veículo economiza no ar condicionado, consome menos combustível e lança menos carbono na atmosfera. Essa lei pode inviabilizar a fabricação de carros pretos que absorvem mais os raios solares do que as cores claras.
A água que sai da máquina de lavar pode ser usada para lavar pisos, carro e outras coisas laváveis com água de segunda mão. A ideia é ecológica, mas quem já tentou colocá-la em prática sabe que dá trabalho porque a maioria das máquinas de lavar não foi pensada para os novos tempos ecológicos. Aqui vão algumas dicas de reaproveitamento:
Lavadoras com botão Economia
O cidadão consciente tem que ficar de plantão do lado da máquina esperando chegar o momento exato do ciclo de lavagem em que ela começa a drenar água. Para resolver essa parada, a Electrolux inovou em sua linha Turbo ECOnomia de lavadoras com uma ideia simples: colocou no painel das máquinas o botão ECONOMIA.
Antes que me chamem de eco chato, aviso que não vou lançar aqui propostas mirabolantes como usar o papel higiênico dos dois lados. Minha ideia inicial era fazer um elogio ao rolo de papel higiênico de 90 m, mas pesquisando na Internet encontrei tantas opiniões enroladas sobre esse papel fundamental que resolvi ir um pouco além.
Uma vez por semana percorro o quintal com uma pá e um balde nas mãos recolhendo a produção dos moradores caninos da casa. Nessa hora eu penso: ah, se isso valesse dinheiro. Vai valer um dia. Riam os que ainda acreditam na sociedade do consumo predatório. Lixo é o nome que damos hoje às matérias primas que queremos mandar para longe dos olhos e do nariz.
Virá o tempo em que vamos deixar de usar a palavra lixo. Eu bem que gostaria de usar o cocô de cachorro como adubo na horta. Essa matéria prima lá em casa é abundante, mas seria necessário um tratamento prévio para evitar o risco de contaminação dos alimentos. Já que é assim, por hora, a produção dos nossos cães acaba no aterro sanitário. No futuro, seremos responsáveis pelos nossos detritos, por todos eles. Felizmente, nesse tempo os resíduos terão valor de mercado porque tudo será reutilizado ou reciclado. Como já existe gente ganhando dinheiro com estrume tenho fé que um dia o Balu, nosso labrador, vai se tornar um cão com renda própria.
Crédito de imagem: Letícia Manosso
P. S. Post scriptum
Escrevi este post há mais de uma década e o revisei em 2020. Mantenho no ar porque ainda tem alguns acessos. O que está dito no post continua válido. Dia virá em que seremos responsáveis diretos pelos nossos resíduos.
Registro também a saudade do velho Balu, nosso labrador, que esteve conosco durante o crescimento dos meus filhos. Ele teve a uma vida boa, foi um grande amigo e deixou saudades.
Economizar energia elétrica é bom para o bolso e para o meio ambiente. O problema é que as residências de hoje estão repletas de aparelhos elétricos, mesmo as mais modestas. Saber quais são os vilões do consumo não é muito simples.
Existem aparelhos de consumo alto, mas que são pouco usados durante o mês. Por outro lado, existem aparelhos de baixo consumo, mas que ficam ligados ininterruptamente, por isso, só fazendo o cálculo na ponta do lápis para saber onde estão os ralos de consumo de energia elétrica em uma residência.
“Leve o lixo para fora!” Você já ouviu esta frase muitas vezes, não é mesmo? Mas onde fica esse lugar chamado fora? Para muita gente, pode ser em qualquer lugar desde que bem longe dos olhos e do nariz. Sob o aspecto ambiental, porém, o lugar fora onde se joga o lixo, por longe que seja, ainda é um lugar dentro do planeta.
A lei da conservação da matéria, enunciada por Lavoisier, é clara: Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Não há como fazer o lixo simplesmente sumir. Ele vai se transformar. Geralmente, se transforma em problema, mas há inúmeras soluções para se transformá-lo em algo com valor econômico. Boa parte do lixo sólido é reciclável, ou seja, pode ser aproveitado para produzir novos bens reduzindo a sobrecarga dos depósitos e economizando matérias-primas virgens.
Vários tipos de coleta seletiva
Aqui, vamos falar da coleta seletiva, uma ação individualmente responsável que é ponto de partida para a reciclagem dos resíduos sólidos. Os programas de coleta seletiva podem ser realizados em vários níveis de eficiência e de sofisticação. Tudo depende da maturidade dos envolvidos e da disposição de cada um para dar sua contribuição. Vamos apresentar vários cenários de coleta seletiva:
Básico: é o modelo de duas lixeiras: recicláveis x não recicláveis.
Evoluído: ou multi-seletivo onde usamos vários tipos de lixeiras.
Avançado: modelo ideal que segue as melhores práticas.