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Alegoria – figura de linguagem

A alegoria se assemelha à metáfora em muitos pontos. Poderia até ser considerada uma metáfora do tipo III. Resolvemos considerá-la isoladamente em função de sua relevância e particularidades.

Alegoria contextualizada

Intuitivamente, a alegoria contextualizada ocorre quando um enunciado passível de leitura imediata transmite um significado impróprio ou deslocado do contexto extra verbal em que é lançado, fazendo o receptor pensar num segundo enunciado apropriado ao contexto que tenha com o primeiro uma relação de similaridade.

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Recursos retóricos editoriais

Para esgotar o assunto edição é necessário invadir a jurisdição alheia, pois edição é técnica e arte, uma arte plástica e para esgotá-la seria necessário também abordar questões como composição, harmonia, proporção, simetria, taxa de informação, etc. Na medida do possível não vamos tocar em questões ligadas exclusivamente ao domínio das artes plásticas.

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Elipse – figura de linguagem

Genericamente, elipse é a supressão de uma parte do discurso que pode ser prevista no contexto. A elipse ocorre em vários níveis do discurso, tais como:

  • Ortográfico: abreviaturas, siglas, aspas na construção de colunas.
  • Morfológico: elisões: ‘Zé’ por ‘José’, ‘pneu’ por ‘pneumático’. De morfemas presos: ‘mono, di e trissílabos’, ‘otorrinolaringologista’.
  • Mimético: suprimir passagens da narrativa.
  • Lógico: suprimir passagens de uma sequência de implicações.

Na elipse eufemística, suprime-se uma parte devido ao impacto que pode causar. Exemplo: ‘É um grande filho da …’

A elipse clássica é a sintática, que consiste em suprimir um ou mais termos sintáticos de um dos modelos completos de oração da língua.

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Recursos retóricos entoativos e gestuais

No discurso falado, três códigos se sobrepõem: a língua, a linguagem entoativa e a linguagem gestual. É discutível a separação entre língua e entoação, mas vamos mantê-la por questão metodológica.

Entoação é o que resulta da definição do timbre, da altura, da intensidade e da duração dos sons da fala. O gestual resulta da postura, da fisionomia e dos gestos.

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Iconia – figura de linguagem

O signo manifesta-se objetivamente. Enquanto objeto, nos suscita sensações, impressões e opiniões. Embora os signos linguísticos em sua maioria tenham uma relação arbitrária com seu significado, em certos casos, espontânea ou intencionalmente, essa arbitrariedade é reduzida. Nesses casos temos iconia.

Iconia é a associação harmoniosa entre os efeitos suscitados pela observação do significante e seu significado. Essa associação pode derivar de uma relação de semelhança ou de contiguidade.

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