Desvio linguístico

Desvio, erro, anomalia, má formação, agramaticalidade, enunciado não aceitável. São muitos os termos usados para designar a classe de ocorrências de discurso que levam ao equívoco, ao estranhamento, a distúrbios de decifração, compreensão ou aceitação. Existem outras ocorrências que levam a efeitos similares e nem por isso são consideradas desvios, como os ruídos e os recursos retóricos.

Desvio reprovado

A caracterização do desvio requer um qualificador a mais: a reprovação. Desvio é o distúrbio comunicativo reprovado. Para o estudo gramatical importam os desvios formais. Quando alguém fala que uma afirmação está errada, ainda não está caracterizado o desvio linguístico, pois o que o falante considerou erro pode ser causado no plano do conteúdo e não no da expressão.

Gramática
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O que é gramática, seus tipos e usos?

Descrever o idioma? Prescrever? Ensinar? Conservar? Compará-lo com outro idioma? Acompanhar sua evolução histórica? Analisá-lo à luz da Linguística? Tradicionalmente, as gramáticas fazem de tudo isso um pouco. Uma gramática é um estudo ou tratado que, orientado para um fim, reflete sobre o idioma em si.

De fato, a reflexão gramatical não se exercita no vazio, no inespecífico. Ela existe para um fim, que pode ser descritivo, normativo ou pedagógico, só para citar algumas possibilidades. Em outras palavras: a finalidade da gramática condiciona a sua definição. A gramática deste site pretende ser uma descrição linguística da variante culta da língua portuguesa contemporânea do Brasil.

Gramática
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Pressupostos metodológicos

Os estudos gramaticais passam por um momento de descrédito, como reflexo da crise de identidade em que o estudo de língua portuguesa mergulhou nos últimos anos. A gramática tradicional normativa é posta em xeque e as reflexões novas sobre nossa língua ainda não estão perfeitamente delineadas.

Escrever gramática sob o fogo cruzado das facções em disputa nesse momento de transição é tarefa ingrata. Corre-se o risco da incompreensão e da crítica destrutiva. Mas não podemos nos dar por satisfeitos só por repelir uma proposta gramatical caduca. O vácuo deixado pelos gramáticos tradicionais precisa ser preenchido. Essa será nossa meta: arejar os estudos gramaticais deixando-os mais afinados com a realidade contemporânea de nossa língua.

Gramática
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Alegoria – figura de linguagem

A alegoria se assemelha à metáfora em muitos pontos. Poderia até ser considerada uma metáfora do tipo III. Resolvemos considerá-la isoladamente em função de sua relevância e particularidades.

Alegoria contextualizada

Intuitivamente, a alegoria contextualizada ocorre quando um enunciado passível de leitura imediata transmite um significado impróprio ou deslocado do contexto extra verbal em que é lançado, fazendo o receptor pensar num segundo enunciado apropriado ao contexto que tenha com o primeiro uma relação de similaridade.

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Recursos retóricos editoriais

Para esgotar o assunto edição é necessário invadir a jurisdição alheia, pois edição é técnica e arte, uma arte plástica e para esgotá-la seria necessário também abordar questões como composição, harmonia, proporção, simetria, taxa de informação, etc. Na medida do possível não vamos tocar em questões ligadas exclusivamente ao domínio das artes plásticas.

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