Em nossa escrita, as vogais são representadas, na maioria dos casos, com grafemas básicos sem diacríticos (a, e, i, o, u). Uma quantidade reduzida de vogais, porém, é representada com o uso dos acentos agudo e circunflexo (á, â, é, ê, í, ó, ô, ú).

Em nossa escrita, as vogais são representadas, na maioria dos casos, com grafemas básicos sem diacríticos (a, e, i, o, u). Uma quantidade reduzida de vogais, porém, é representada com o uso dos acentos agudo e circunflexo (á, â, é, ê, í, ó, ô, ú).
A ortografia brasileira não é biunívoca, ou seja, na maioria dos casos não temos relação um para um bi direcional entre grafemas e fonemas. Em função disso, vamos analisar os casos em que nossa ortografia apresenta peculiaridades na representação dos fonemas.
São biunívocos os grafemas b, d, f, p, t e v que usamos para representar os fonemas /b/, /d/, /f/, /p/, /t/ e /v/ respectivamente.
Antes de falar sobre os diacríticos da ortografia brasileira, vamos refletir um pouco sobre as razões que servem de justificativa para o uso de diacríticos na maioria dos sistemas de escrita.
Uma das razões é a busca da economia. Em sistemas ideogrâmicos, por exemplo, que tendem a apresentar um número elevado de grafemas, facilmente chegando a milhares, os diacríticos podem auxiliar na redução do número de grafemas do sistema. Partindo de um sinal base pode-se gerar vários grafemas, somente pelo acréscimo de diacríticos à base. Como um mesmo diacrítico pode ser combinado com vários sinais base, isso resulta em uma sensível economia para o sistema.
Dígrafo é a representação de um fonema por meio de dois ou mais grafemas. A ortografia da língua portuguesa brasileira apresenta grafia abundante em inúmeros casos, mas sempre até o máximo de dois caracteres por fonema. Veja a seguir os dígrafos de nossa ortografia.
No Brasil, usamos 78 grafemas para representação de fonemas:
aàáâãbcçdeéêfghiíjkl
mnoóôõpqrstuüúvxywz
AÀÁÂÃBCÇDEÉÊFGHIÍJKL
MNOÓÔÕPQRSTUÜÚVXYWZ
Consideramos maiúsculas e minúsculas distintamente, em vez de tratá-las como variantes do mesmo grafema, porque em nossa ortografia maiúsculas e minúsculas têm funções distintas e não podem ser comutadas livremente.