O discurso oral e o escrito diferem entre si em vários pontos. Cada um deles tem especificidades inerentes ao fato de serem formas de expressão suportadas por mídias distintas. Os perfis de uso das duas formas são diferentes, cada uma tem sua própria trajetória histórica e o discurso oral tem valor social diferenciado do discurso escrito. Nenhuma dessas diferenças entre os dois tipos, porém, deve ser usada pelo linguista como justificativa para uma abordagem que privilegie esta ou aquela modalidade de expressão da língua.
O linguista deve dar tratamento uniforme às duas modalidades de expressão, permanecendo atento às especificidades de cada uma, mas sem que isso perturbe a imparcialidade da abordagem. Para o linguista, o discurso escrito não é melhor nem pior que o falado e vice-versa. Eles diferem nas suas características mas são iguais em relevância para o pesquisador.
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