Oratória é a arte do discurso público em tempo real. No discurso oratório é marcante a característica performática. Não basta que ele tenha sido bem planejado, bem redigido, tem de ser bem emitido.
O orador tem de zelar pela sua aparência, pois o ouvinte pode fazer uma transferência icônica a partir da aparência do orador para o conteúdo do discurso. A imagem do orador deve despertar na plateia a impressão por ele premeditada. Para isso, o orador precisa conhecer as expectativas de sua plateia e se beneficiar disso. Esta regra, de moralidade duvidosa, faz a oratória, em certos casos, parecer uma arte de dissimulação.
Defeitos a evitar
- Titubeio: prejudica a imagem do orador. O receptor associa o titubeio à insegurança de personalidade.
- A velocidade inadequada de entoação, muito lenta ou muito rápida, influi na comunicabilidade. A velocidade ideal é conseguida com a prática.
- Pronunciar expressões cuja única função é preencher a lacuna de um titubeio. Exemplos: ‘né’, ‘hum’, ‘ahn’. Por vezes, repetem-se as últimas palavras que antecederam o titubeio.
- Má dicção: é a pronúncia inadequada dos fonemas, que não resultam nítidos ao ouvido do receptor.
- Pausas de pronúncia que não coincidem com pausas sintáticas. Caso notável é a pausa provocada por falta de ar.
- Problemas de qualidade da voz: fanhosa, muito aguda ou muito grave.
- Volume muito fraco ou muito intenso da voz.
- Uso de variantes de prosódia conotadas pejorativamente pela platéia.
- Predomínio dos recursos de entoação e gesticulação. É o código lingüístico que deve predominar.
Retóricas específicas
- Retórica da persuasão
- Retórica da Literatura
- Retórica da monografia
- Retórica da oratória
- Retórica do jornalismo