A língua é um meio de expressão onipresente na sociedade usado nos mais variados contextos da vida social. Esse uso intensivo gera uma tendência natural à diversidade. Seria ingênuo esperar que a língua fosse homogênea, afinal seu uso não é homogêneo. Ela permeia toda a vida social e, em função disso, apresenta variantes linguísticas que se manifestam e se desenvolvem em diferentes contextos de uso.
Seria um exagero afirmar que existem línguas dentro de uma língua porque as variações do idioma gravitam em torno de um núcleo comum. Podemos fazer uma comparação livre entre a língua e as espécies biológicas. Em uma espécie biológica sempre encontramos variedade. Por vezes, os indivíduos da espécie podem ser agrupados pela semelhança em conjuntos chamados de raças. Embora as raças contrastem entre si em muitos aspectos, pertencem a uma mesma espécie e o cruzamento entre indivíduos de raças diferentes gera descendentes férteis.
Com a língua ocorre algo similar. As variantes linguísticas contrastam entre si, mas como pertencem a um núcleo comum os falantes se entendem mesmo quando falam entre si misturando variedades diferentes da língua.
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