Arquivo da categoria: Retórica

Iconia – figura de linguagem

O signo manifesta-se objetivamente. Enquanto objeto, nos suscita sensações, impressões e opiniões. Embora os signos linguísticos em sua maioria tenham uma relação arbitrária com seu significado, em certos casos, espontânea ou intencionalmente, essa arbitrariedade é reduzida. Nesses casos temos iconia.

Iconia é a associação harmoniosa entre os efeitos suscitados pela observação do significante e seu significado. Essa associação pode derivar de uma relação de semelhança ou de contiguidade.

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Ironia – figura de linguagem

Ironia é a afirmação de algo diferente do que se deseja comunicar, geralmente o contrário, na qual o emissor deixa transparecer a contrariedade por meio do contexto do discurso, ou através da alguma diferenciação editorial, ou entoativa ou gestual. O que diferencia a ironia do enunciado falso simples é a sinalização da contrariedade, geralmente sutil, através do contexto, edição, entoação ou gesto ou de outro sinal. A função da ironia geralmente é crítica e impressionista.

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Metáfora – figura de linguagem

A intuição de que estamos diante de uma metáfora começa quando, ao fazermos uma leitura imediata, nos deparamos com uma impertinência. Ou se atribui a um referente algo que não lhe diz respeito ou se classifica o referente numa classe a que não pertence. Constatada a impertinência, o receptor da mensagem vai aplicar à situação um algoritmo metafórico. Se a aplicação for plausível teremos a metáfora, caso contrário, um lapso, uma impropriedade ou outro fenômeno.

Os quatro elementos da metáfora

O algoritmo da metáfora comporta até quatro elementos:

  • comparado.
  • comparante.
  • atributo explícito.
  • atributo implícito.
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Metaplasmo – figura de linguagem

Genericamente, um metaplasmo é uma alteração intencional do código, é exercício de criatividade sobre a língua. Os metaplasmos são praticados nos diversos níveis linguísticos: gráfico, ortográfico, fonológico, gramatical.

Nosso  interesse está voltado para o uso retórico dos  metaplasmos, mas uma parte deles se difunde pelo uso e acaba levando à alterações diacrônicas do idioma.  Além disso, existe uma relação estreita entre a criação de  metaplasmos para uso retórico e a criação de léxico e gramática.

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Metonímia – figura de linguagem

Como acontece com a metáfora, a leitura imediata de uma metonímia nos revela uma impertinência. O leitor tentará resolvê-la usando um algoritmo próprio para metonímias. Os elementos desse algoritmo são:

  • substituto
  • substituído
  • relação de contiguidade
  • decifração

Decifrar a metonímia consiste em chegar ao termo substituído, ou seja, ao referente que atende à dupla condição de ocupar a posição do substituto e manter com este uma relação de contiguidade. A decifração depende do contexto e deve ser pertinente a ele.

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