Arquivo da categoria: Filmes

Crítica | Matadores de velhinha

O roubo do século

The ladykillers
Direção de Joel e Ethan Coen
2004 : EUA :  104 min
Com Tom Hanks (G.H. Dorr) e
Irma P. Hall (Marva Munson)

O bom Deus age por caminhos misteriosos, diria a senhora Marva (Irma P. Hall), a decidida velhinha que se vê às voltas com perigosos trambiqueiros. Eles querem pôr as mãos no dinheiro farto de um cassino no Mississipi cavando um túnel até a sala do cofre. Mas como executar o crime do século sem deixar pistas? Bem, nas imediações do cassino há uma casa respeitável com um quarto para alugar.

O professor G. H. Dorr, phD, se apresenta como candidato a inquilino. O quarto o agrada muito e talvez a senhora Marva pudesse liberar o porão da casa para os ensaios do grupo musical que Dorr lidera. Porões, como se sabe, têm ótima acústica para a música renascentista. E assim começa a lambança

Continue lendo Crítica | Matadores de velhinha

Crítica | O albergue

Doentio, maldito e cult

Hostel
Direção de Eli Roth
2005 : EUA : 95 min
Com Jay Hernandez e
Barbara Nadeljakova.

Esse filme já entrou na lista dos mais violentos de todos os tempos e tem boas chances de encabeçá-la. É claro que existe violência e violência. As pessoas de bom senso repelem apenas os filmes com violência gratuita e glamourizada. Sob circunstâncias apropriadas, a violência pode levar à reflexão, mas é difícil dizer em que categoria se enquadra O Albergue.

Sua violência é estúpida ou tem dimensão filosófica? O diretor Eli Roth se diz satisfeito em ver os espectadores com o estômago revirado por causa do filme e que seu objetivo era esse mesmo. Eu, como membro do grupo dos estômagos revirados, confesso que fechei os olhos em algumas cenas e que passei o dia seguinte com o apetite estragado e com algumas imagens me atormentando. Talvez por ser tão chocante, O Albergue acabe nos forçando à reflexão.

Continue lendo Crítica | O albergue

Crítica | Os doze condenados

Treze párias em busca de redenção

The dirty dozen
Direção de Robert Aldrich
1967 : EUA :  145 min
Com Lee Marvin (Major Reisman),
Ernest Bornigne (General Worden),
Charles Bronson (Wladislaw),
John Cassavets (Franko),
Telly Savalas (Margott),
Donald Sutherland (Pinkley),
Jim Brown (Jefferson),
Clint Walker (Posey) e
Robert Ryan (Coronel Breed)

Canalhas, delinquentes, indisciplinados, perigosos. Pode imaginar os piores adjetivos para qualificar esses doze condenados, só que eles são os heróis do filme. Chefiados por um major durão, boca dura e indisciplinado, eles têm a missão de invadir um castelo na França onde oficiais nazistas de alta patente se divertem durante o período em que estão licenciados do front. A ideia é chegar lá, abater o maior número possível de nazistas e dar no pé. 

Continue lendo Crítica | Os doze condenados

Crítica | O vampiro da noite

O clássico B sobre o príncipe das trevas

Horror of Dracula
Direção de Terence Fisher
1958 : Inglaterra : 82 min
Com Peter Cushing (Van Helsing) e
Christopher Lee (Drácula)

Quase morri de medo ao ver esse filme pela primeira vez. Era uma noite fria de inverno e alguns galhos, agitados pelo vento, batiam contra a vidraça da sala. Pudera. Eu era criança e o filme passava em nossa TV preto e branco na sessão coruja. Quando voltei a esse clássico B, em pleno terceiro milênio, já não o achei assustador. Mudaram os filmes de terror ou mudei eu?

Terror à moda antiga

Horror of Dracula é um filme de vampiros à moda antiga. O melhor em sua categoria embora dispute cabeça a cabeça com o Drácula de 1931 estrelado pelo mítico Bela Lugosi. Nesse filme, o grandalhão inglês Christopher Lee encarnou pela primeira vez o Príncipe das Trevas. O sucesso foi tanto que a produtora Hammer Films fez outros sete filmes de Drácula com Lee. Peter Cushing, outro ícone do cinema de horror, faz mais uma dobradinha com Lee.

Continue lendo Crítica | O vampiro da noite

Crítica | Scaramouche

Luz, capa, espada

Scaramouche
Direção de George Sidney
1952 : EUA : 115 min
Com Stewart Granger (Andre Moreau),
Eleanor Parker (Lenore),
Janete Leigh (Aline) e
Mel Ferrer (Marquês de Maynes)

Ainda lembro da experiência fantástica que foi assistir Scaramouche pela primeira vez há muitos anos atrás quando eu ainda era adolescente. Talvez a adolescência seja a melhor época para assistir esse filme que é uma tradução cinematográfica perfeita do romance de aventura capa e espada. Scaramouche é o nome do personagem mascarado que Andre Moreau representa no teatro.

A espada era a lei

Galante, talentoso, aventureiro e bufão; ele se mete nas maiores confusões e no final sempre se dá bem. O mundo de Scaramouche lembra um conto de fadas: mulheres lindas, castelos suntuosos, camaradas que dão a vida por uma causa e vilões desprezíveis, mas hábeis com a espada. O enredo do filme é intrincado, cheio de revelações inesperadas, cruzamentos de destinos, romance e confusões de identidade.

Continue lendo Crítica | Scaramouche