Guess who’s coming to dinner Direção de Stanley Kramer 1967 : EUA : 103 min Com Spencer Tracy (Matt Drayton) , Sidney Poitier (John Prentice) Katharine Hepburn (Christina Drayton) e Katharine Houghton (Joanna Drayton)
É impressionante como esse filme suave consegue falar sobre racismo de forma tão contundente. Não sei onde formei a opinião de que filmes com esse tema exigem um clima tenso, mas em Adivinhe quem vem para jantar tudo transcorre de forma, digamos, civilizada e talvez aí esteja a sua força.
Fahrenheit 451
Direção de François Truffaut
1966 : Inglaterra : 112 min
Com Oskar Werner (Montag) e
Julie Christie (Clarisse e Linfa)
Embora seja um filme que enaltece a palavra escrita, os créditos de Fahrenheit 451 são dados em áudio. Essa forma atípica de começar um filme anuncia o enredo, que trata de uma sociedade futurista em que a palavra escrita é condenada e os livros são proibidos porque trazem infelicidade às pessoas. O filme é baseado em romance homônimo de Ray Bradburry, escritor americano de ficção com grande sensibilidade para questões humanas.
The magnificent seven Direção de John Sturges 1960 : EUA : 126 min Com Yul Brinner (Cris Adams), Eli Wallach (Calvera), Steve McQueen (Vin), Charles Bronson (O’Reilly) e James Coburn (Britt). Música de Elmer Bernstein
No oeste lendário, o homem defendia seu espaço com sua coragem e uma arma. A lei e a ordem ainda não existiam nesse mundo arcaico onde não se pensava em justiça, mas apenas em sobrevivência. Todavia, mesmo com toda a brutalidade do oeste, alguns homens buscavam uma razão maior para suas vidas. Nesse filme, sete homens lutam por redenção.
Z Direção de Costa-Gavras 1967 : Argélia : 127 min Com Yves Montand (Doutor), Irene Papas (Helene) e Jean-Louis Trintignant (Magistrado)
Z é um thriller político descaradamente maniqueísta. Os bons do filme são cavalheiros altruístas, dedicados, austeros, intelectuais e bonitões. Eles lutam por uma causa justa e erguem bandeiras pela democracia, pelo pacifismo e pela independência das nações. Os maus, por outro lado, são toscos, truculentos, cômicos e abraçam causas de direita unicamente por conta de interesses mesquinhos.
Maniqueísmo político
Os maus preferem a ditadura, o anticomunismo, a xenofobia; no entanto, vão ao teatro ver o balé Bolshoi e um deles é pederasta. Seriam as contradições expostas da direita tacanha que pratica o que critica? Z mostra um mundo polarizado: nobres cruzados da política elegante contra rudes defensores do status quo retrógrado. Será que o mundo é simples e raso assim? Então, porque considerar Z um filme de grande importância? Primeiro, porque é baseado em fatos reais, depois, porque a visão implícita nas lentes de Z é um produto da Guerra Fria que, por extensão, retrata também outras realidades políticas desse mundão de Deus.
The dirty dozen Direção de Robert Aldrich 1967 : EUA : 145 min Com Lee Marvin (Major Reisman), Ernest Bornigne (General Worden), Charles Bronson (Wladislaw), John Cassavets (Franko), Telly Savalas (Margott), Donald Sutherland (Pinkley), Jim Brown (Jefferson), Clint Walker (Posey) e Robert Ryan (Coronel Breed)
Canalhas, delinquentes, indisciplinados, perigosos. Pode imaginar os piores adjetivos para qualificar esses doze condenados, só que eles são os heróis do filme. Chefiados por um major durão, boca dura e indisciplinado, eles têm a missão de invadir um castelo na França onde oficiais nazistas de alta patente se divertem durante o período em que estão licenciados do front. A ideia é chegar lá, abater o maior número possível de nazistas e dar no pé.