Crítica | O albergue

Doentio, maldito e cult

Hostel
Direção de Eli Roth
2005 : EUA : 95 min
Com Jay Hernandez e
Barbara Nadeljakova.

Esse filme já entrou na lista dos mais violentos de todos os tempos e tem boas chances de encabeçá-la. É claro que existe violência e violência. As pessoas de bom senso repelem apenas os filmes com violência gratuita e glamourizada. Sob circunstâncias apropriadas, a violência pode levar à reflexão, mas é difícil dizer em que categoria se enquadra O Albergue.

Sua violência é estúpida ou tem dimensão filosófica? O diretor Eli Roth se diz satisfeito em ver os espectadores com o estômago revirado por causa do filme e que seu objetivo era esse mesmo. Eu, como membro do grupo dos estômagos revirados, confesso que fechei os olhos em algumas cenas e que passei o dia seguinte com o apetite estragado e com algumas imagens me atormentando. Talvez por ser tão chocante, O Albergue acabe nos forçando à reflexão.

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Crítica | Os doze condenados

Treze párias em busca de redenção

The dirty dozen
Direção de Robert Aldrich
1967 : EUA :  145 min
Com Lee Marvin (Major Reisman),
Ernest Bornigne (General Worden),
Charles Bronson (Wladislaw),
John Cassavets (Franko),
Telly Savalas (Margott),
Donald Sutherland (Pinkley),
Jim Brown (Jefferson),
Clint Walker (Posey) e
Robert Ryan (Coronel Breed)

Canalhas, delinquentes, indisciplinados, perigosos. Pode imaginar os piores adjetivos para qualificar esses doze condenados, só que eles são os heróis do filme. Chefiados por um major durão, boca dura e indisciplinado, eles têm a missão de invadir um castelo na França onde oficiais nazistas de alta patente se divertem durante o período em que estão licenciados do front. A ideia é chegar lá, abater o maior número possível de nazistas e dar no pé. 

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Crítica | O vampiro da noite

O clássico B sobre o príncipe das trevas

Horror of Dracula
Direção de Terence Fisher
1958 : Inglaterra : 82 min
Com Peter Cushing (Van Helsing) e
Christopher Lee (Drácula)

Quase morri de medo ao ver esse filme pela primeira vez. Era uma noite fria de inverno e alguns galhos, agitados pelo vento, batiam contra a vidraça da sala. Pudera. Eu era criança e o filme passava em nossa TV preto e branco na sessão coruja. Quando voltei a esse clássico B, em pleno terceiro milênio, já não o achei assustador. Mudaram os filmes de terror ou mudei eu?

Terror à moda antiga

Horror of Dracula é um filme de vampiros à moda antiga. O melhor em sua categoria embora dispute cabeça a cabeça com o Drácula de 1931 estrelado pelo mítico Bela Lugosi. Nesse filme, o grandalhão inglês Christopher Lee encarnou pela primeira vez o Príncipe das Trevas. O sucesso foi tanto que a produtora Hammer Films fez outros sete filmes de Drácula com Lee. Peter Cushing, outro ícone do cinema de horror, faz mais uma dobradinha com Lee.

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Crítica | Scaramouche

Luz, capa, espada

Scaramouche
Direção de George Sidney
1952 : EUA : 115 min
Com Stewart Granger (Andre Moreau),
Eleanor Parker (Lenore),
Janete Leigh (Aline) e
Mel Ferrer (Marquês de Maynes)

Ainda lembro da experiência fantástica que foi assistir Scaramouche pela primeira vez há muitos anos atrás quando eu ainda era adolescente. Talvez a adolescência seja a melhor época para assistir esse filme que é uma tradução cinematográfica perfeita do romance de aventura capa e espada. Scaramouche é o nome do personagem mascarado que Andre Moreau representa no teatro.

A espada era a lei

Galante, talentoso, aventureiro e bufão; ele se mete nas maiores confusões e no final sempre se dá bem. O mundo de Scaramouche lembra um conto de fadas: mulheres lindas, castelos suntuosos, camaradas que dão a vida por uma causa e vilões desprezíveis, mas hábeis com a espada. O enredo do filme é intrincado, cheio de revelações inesperadas, cruzamentos de destinos, romance e confusões de identidade.

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Crítica | V de vingança

A de anarquia, T de terror

V for Vendetta
Direção de James McTeigue
2006 : Alemanha/EUA : 132 min
Com Natalie Portman (Evey),
Hugo Weaving (V),
Stephen Rhea (Finch) e
John Hurt (Sutler)

V de Vingança é praticamente um manual da ação política não convencional, se é que me entendem, aquela que se faz com explosivos e detonadores. V, o herói mascarado do filme tem a biografia trágica dos mártires que são postos pelo destino à frente de uma causa. Sua vida foi destruída por um regime político totalitário e agora ele vive no mundo subterrâneo onde há anos prepara meticulosamente seu plano para libertar a Inglaterra das trevas.

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